A Polícia Federal de Paranaguá ainda não conseguiu prender os dois responsáveis pela Indústria Tropical -fábrica de beneficiamento de palmito situada em Antonina- apontados como prováveis compradores das 513 unidades de palmito cortadas ilegalmente da Fazenda Bom Jesus. A fazenda, localizada em Guaraqueçaba (Litoral do Estado), é propriedade do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Segundo o diretor da Polícia Federal, Ronaldo Pianowski de Moraes, na sexta-feira, logo após prenderem oito pessoas pelo corte ilegal, agentes estiveram na sede da Tropical, para prender seu proprietário Nelson Waidman Filho e o capataz Hélio Ramos, conhecido como Hélio Tabucuva, mas ambos já teriam fugido do local. A Polícia e Ibama, no entanto, chegaram a fiscalizar os documentos da empresa e não encontraram nenhuma irregularidade.
A Polícia Federal também convocou o gerente do Ibama no Paraná, Luiz Antônio Nunes de Mello, para prestar declarações. É que os funcionários presos declararam que o corte dos palmitos estava sendo feito com a conivência do próprio Ibama. Cinco das oito pessoas presas são funcionários da empresa Sentinela, que fazia a segurança do local. Segundo eles, o corte dos palmitos foi ordenado por um supervisor da Sentinela, o qual teria afirmado que a ação foi negociada com o Ibama para quitar uma dívida do órgão com a empresa.
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O superintendente do Ibama no Paraná, Luiz Antônio Nunes de Mello, conhecido como "Manaus", nega qualquer envolvimento do órgão na extração do palmito. "O Ibama não deu qualquer autorização para a retirada do palmito e muito menos aprovou o corte extra-oficialmente", disse.
Leia mais em reportagem de Maigue Gueths, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta terça-feira