Um duplo homicídio ocorrido no Jardim Guarituba, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, é um mistério para a polícia. Os corpos do pedreiro Ademir da Silva, 35 anos, e do serralheiro Isaías Galdino da Silva, 31 anos, foragido da Colônia Penal Agrícola, foram encontrados mutilados dentro de uma valeta ao lado da Rua São José, com uma cruz feita com pedaços de madeira ao lado. Ademir da Silva sofreu várias perfurações no peito. Isaías Galdino da Silva teve o braço cortado.
Os moradores da região evitam falar sobre o assunto. "Aqui impera a lei do silêncio", revelou o soldado Luiz Fernando Meira da Silva, do 17º Batalhão da Polícia Militar.
A diarista Roseni dos Santos, grávida de quatro meses e com um filho de apenas sete meses no colo, morava com Galdino há quase dois anos. Ela contou que anteontem, por volta das 17 horas, ele resolveu ir a casa do amigo, que fica no Jardim Holandesa. "Eles sempre saiam para beber juntos. Eram muito amigos. Não faço idéia de qualquer tipo de desavença que eles tivessem aqui na região. Eles eram queridos por todos", declarou.
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Roseni contou que este foi o segundo assassinato na sua família em apenas três meses. Em agosto, o pai dela foi morto dentro de casa. "Este é um bairro muito violento. A gente não sabe das coisas. Só vê as mortes acontecerem", afirmou.
O aposentado João Maria de Souza, 70 anos, disse que mora na região há dez meses. Neste período, ele conta que já viu acontecerem 18 mortes. "Muita intriga, muita vingança. Eu não ando pela rua de noite. Só ando pela manhã e quando vejo que não tem perigo."
O comerciante Ademir de Oliveira, 46 anos, conhecido como "Véio", mora há 12 anos no Jardim Guarituba. Ele contou que conhecia os mortos de vista. De acordo com ele, Isaías Galdino chegou a trabalhar na campanha política deste ano. "Esta aqui é uma área de invasão. Por si só é violenta. Tem muita influência de droga, tráfico. Não tem segurança alguma", comentou ele.