A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga atos e contratos praticados na Copel durante a gestão anterior já considera a possibilidade de solicitar a prorrogação do prazo regimental de 120 dias, que expira em meados de julho, para aprofundar e finalizar seus trabalhos.
Segundo o presidente da CPI, deputado Marcos Isfer (PPS), será preciso mais tempo para que as parcerias feitas pela empresa sejam devidamente apreciadas. "São dezenas de participações e gostaríamos de conhecer em detalhes a forma como foram feitas, os objetivos e os resultados de cada uma".
Isfer também confirmou que a CPI irá promover a acareação entre os depoentes que já foram ouvidos a respeito da constituição da comercializadora de energia Tradener, dos contratos com a UEG Araucária e da operação envolvendo a compra de créditos fiscais da Olvepar.
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"Já avançamos muito nas investigações e levantamos fatos que vão desde a leviandade administrativa até a corrupção", disse o deputado. "Mas temos depoimentos que são contraditórios e conflitantes entre si que precisam ser esclarecidos, e para isso vamos promover acareações".
Na terça-feira, os deputados que integram a Comissão passaram a manhã reunidos com a diretoria da Copel na sede da empresa, ouvindo esclarecimentos e colhendo subsídios para a continuidade dos trabalhos.
"Viemos buscar novos detalhes e também esclarecer alguns pontos que exigem conhecimentos especializados na área de energia", informou o deputado Vanderlei Iensen, sub-relator encarregado de detalhar os contratos para a compra de eletricidade feitos pela estatal na gestão passada.
De acordo com a Secretaria Estadual de Comunicação, foi a segunda vez que os deputados integrantes da CPI se reuniram com a diretoria da Copel: a primeira foi em 26 de março e serviu para marcar o início efetivo dos trabalhos da Comissão.