O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (CREA-PR) voltou a questionar a atuação da América Latina Logística (ALL) na rede ferroviária do Paraná. A ALL foi responsável pelo descarrilamento de 25 vagões e duas locomotivas em Morretes, na Serra do Mar, no dia 23 de setembro. Nessa semana a empresa entregou para o Ministério dos Transportes, em Brasília, o relatório sobre o acidente e responsabilizou o maquinista Sidney Gonçalves Junqueira, 41 anos, pela falha. O CREA acredita que a redução do número de funcionários na empresa pode ter ligação com a falta de manutenção na malha estadual e com os mais recentes acidentes.
Segundo a gerente de Relações Corporativas e Meio Ambiente da ALL, Silvana de Alcântara Oliveira, os questionamentos feitos pelo Conselho junto ao Ministério Público foram respondidos.
"Encaminhamos à direção do CREA os nomes dos engenheiros responsáveis pelo trecho entre Curitiba e Paranaguá, e a autorização para seus representantes fiscalizarem a ferrovia não é possível por causa de uma cláusula contratual que não permite a ninguém inspecionar a linha com exceção de representantes autorizados pelo Ministério dos Transportes", disse.
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Sobre a redução do quadro de funcionários, a empresa ressaltou que apesar de terem diminuído o quadro de 6 mil funcionários em 1997 para 2.100 atualmente, nenhum setor ficou prejudicado pois houve terceirização nas áreas responsáveis de mecânica, via permanente e segurança patrimonial.
"Não houve prejuízo em nenhum setor, principalmente na área de engenharia, que manteve praticamente o mesmo número de profissionais, caindo de 123 para 106 engenheiros, proporcionalmente maior do que havia antes", concluiu Silvana. Hoje à tarde representantes do CREA se reúnem para avaliarem as investigações sobre os mais recentes acidentes ambientais do Paraná.