A mobilização de mulheres de policiais militares, que durou sete dias, prejudicou o andamento dos trabalhos de prevenção e encaminhamento de presos às delegacias. Em Curitiba, o 1º Distrito Policial registrou uma queda de 90% no número de encaminhamentos de pessoas presas em flagrante. "A Polícia Militar esteve limitada ao atendimento de emergências. Não foram feitas prisões por atos infracionais", contou a delegada adjunta Sonia Maria Baggio. Diariamente, são registradas 70 queixas e recebidas entre 10 e 15 pessoas presas em flagrante por militares.
A mesma situação foi verificada pela Delegacia de Furtos e Roubos e pela Delegacia de Homicídios. Os casos de furtos e roubos de veículos tiveram um incremento durante a mobilização das mulheres de PMs. O delegado Hormínio de Paula Lima Neto, operacional da Delegacia de Furtos de Veículos, não soube repassar os dados estatísticos sobre o acréscimo nos furtos. Ele deverá fazer um levantamento que será divulgado amanhã.
A deficiência na prisão de pessoas que tenham cometido atos infracionais foi admitida ontem pelos policiais da sala de imprensa da PM. Desde quinta-feira não foram produzidos boletins de ocorrências para serem distribuídos para a imprensa. A justificativa é a de que só há divulgação de fatos onde haja detenção. Ontem as viaturas estavam sendo abastecidas em locais alternativos devido ao fechamento do posto de abastecimento da PM.
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O clássico entre o Paraná e o Atlético, no domingo, não trouxe grandes prejuízos, apesar da falta de policiais militares em terminais. A guarda municipal improvisou e deslocou 100 homens com 30 viaturas para fazer a segurança externa em proximidades do Estádio Couto Pereira e terminais de ônibus. Ao todo foram quebrados vidros de seis ônibus e de uma estação tubo.
Os dados sobre a criminalidade durante os dias de mobilização deverão ser computados pela PM até o final desta semana.