A Telepar Brasil Telecom estará investindo em cultura neste ano, no Paraná, um total de R$ 600 mil. No Brasil, a quantia sobe para R$ 20 milhões. Esses valores foram anunciados pela diretoria da empresa na quarta-feira, em Curitiba. Também foram divulgados os projetos locais que serão patrocinados em 2001. Estavam presentes à sessão Juan Ramon Aveles, diretor superintendente da empresa, João Luiz de Souza Carvalho, diretor de RH e Qualidade e Eva Doris, gerente nacional de projetos culturais.
Os artistas, cujos trabalhos receberam o aval da Telepar, prestigiaram o encontro. Entre eles o ator Luiz Melo, o diretor Felipe Hirsch, a produtora Regina Vogue, a diretora-presidente do Teatro Guaíra, Doris Teixeira, o cenógrafo Fernando Marés.
Foram selecionados: a peça "Um Lindo Punhado de Fitas Lindas", o Festival Internacional de Teatro de Bonecos, o espaço ACT - Atelier de Criação Teatral, a peça "Como Aprendi a Dirigir um Carro", de Felipe Hirsch e o espetáculo infantil "Aladin e o Gênio da Lâmpada", produção de Regina Vogue.
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"Aladin", que terá direção de Maurício Vogue, é a primeira peça infantil que recebe apoio da empresa, pelo menos no Paraná. Regina estava exultante: "Há 16 anos trabalho só com teatro para criança e sempre quis que Curitiba fosse referência. Eu me sinto gratificada e vitoriosa por este apoio".
"Nem sempre é fácil ter parceiros como a Telepar Brasil Telecom", comentou o diretor e dramaturgo Filipe Hirsch, atualmente um dos nomes mais conceituados da cena brasileira. Para ele o teatro ainda é uma arte desconhecida no País, apreciado por uma parcela restrita da população. "É como jogo de baseball", comparou.
O interesse da empresa de telefonia em alavancar projetos culturais é a prova cabal de que ela tem uma "visão moderna de pensar a cultura. Não só apoia grandes artistas, mas também atua setorizando regionalmente", frisou. Hirsch destacou a análise de mérito sobre cada projeto concorrente, e criticou as leis de incentivo que não se preocupam com esse detalhe. "Quem chega primeiro, leva".
Doris Teixeira, diretora presidente do Teatro Guaíra, considerou "super válida esta iniciativa". Através da Sociedade Amigos do Teatro Guaíra, conseguiu apoio para o Festival Internacional de Teatro de Bonecos. Esta não é a primeira vez que a empresa contribui financeiramente com o projeto. "Cada vez mais a gente precisa de parcerias semelhantes a esta. É necessário que a sociedade, como um todo, seja nossa parceira".
Voltando no tempo, o diretor de Recursos Humanos, João Luiz de Souza Carvalho, lembrou que há 20 anos, quando ainda nem se cogitava a criação de leis ou qualquer outro tipo de incentivo, ele costumava comprar uma cena de ingressos dos espetáculos para colaborar com os grupos teatrais. Os bilhetes eram repassados aos funcionários. "Se lá atrás a gente mexia no evento, hoje estamos no processo de produção", observou. Ou seja, a filosofia agora é de ajudar o artista a colocar o espetáculo no palco.