As funcionárias públicas municipais Maria Verônica Mees e Maísa Teresa Manzi, juntas há dez anos, serão as primeiras mulheres de Curitiba a converter uma união estável homossexual em casamento.
A cerimônia civil será na manhã desta sexta-feira (24), no cartório de Santa Quitéria, enquanto a benção religiosa, seguida de um jantar comemorativo, acontece às 20h do mesmo dia, no restaurante Portal de Santa Felicidade.
As noivas explicam que o casamento será como qualquer outro, com direito à lista de presentes, dia da noiva e pajens. O pastor Celio Camargo, da Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM) de Maringá, fará a benção religiosa. Ele virá à capital paranaense especialmente para realizar a cerimônia.
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Maria Verônica e Maísa se conheceram em março de 2002, no trabalho, e estão juntas desde então. Elas já tiveram sua união reconhecida em dois momentos, o primeiro por meio de uma escritura particular e o segundo em cartório, há pouco mais de um ano.
"Depois que saiu a decisão do STF, fizemos mais uma (escritura) e agora em março decidimos tentar (o casamento). Não sabíamos que conseguiríamos, mas deu certo e vamos realizar nosso sonho", conta Maísa.
No dia 5 de maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu permitir que as uniões estáveis homoafetivas - entre pessoas do mesmo sexo - fossem equiparadas às existentes entre casais heterossexuais. A partir desta data, casais de gays e lésbicas passaram a procurar cartórios de todo o Brasil para converter uniões estáveis em casamentos.
No Paraná, já aconteceram casos em Umuarama e Campo Largo. Porém, esse será o primeiro entre mulheres de Curitiba. "É uma grande vitória não só para a gente, mas para a cidade também. Acreditamos que estamos abrindo precedentes para outros casais fazerem o mesmo", afirma Maísa.
Ela explica que, com o casamento, ambas terão uma série de direitos reconhecidos. "Vamos ter todos os direitos de um casal heterossexual, como direitos trabalhistas e previdenciários. E a Verônica optou por usar o meu sobrenome, o que com a união estável ainda não era possível", comemora.