A dengue já não é mais uma doença típica dos países tropicais. Atinge um número impressionante no que diz respeito a epidemias no mundo: estima-se que pelo menos dois bilhões de pessoas estejam expostas à doença e entre 100 a 200 milhões de pessoas estejam infectadas. No Brasil, o maior número de casos é registrado no Rio de Janeiro. Até o início da semana, foram notificados 60 mil casos da doença no município, a estimativa é que os casos cheguem a 100 mil até o final de abril apenas na capital carioca.
Os números foram divulgados nesta terça-feira, durante o 5º Congresso Brasileiro de Epidemiologia, em Curitiba. E a expectativa não é das mais animadoras. O epidemiologista especialista em dengue e professor da Universidade de Brasília (UNB) Pedro Tauil, afirma que a doença está crescendo em proporções assustadoras. ''A dengue é atualmente a principal virose transmitida por mosquito no mundo'', revela.
O motivo, explica o epidemiologista, é o crescimento desordenado das grandes cidades e as implicações que a revolução industrial provoca. ''Nunca se teve tanto lixo nas cidades, além disso o fluxo das pessoas aumentou consideravelmente fazendo com que a doença se espalhe com maior rapidez''. Tauil afirma também que o combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, não é tão simples. ''Hoje o acesso às casas para eliminação dos focos de mosquito é mais difícil'', esclarece.
Leia mais:
Parceiro da Escola: em dois dias, 23,5 mil pessoas participaram da consulta pública
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Leia mais em reportagem de Katia Michelle, na Folha de Londrina desta quarta-feira