O último mandado de prisão temporária da Operação Floresta Negra foi cumprido no início da noite de terça-feira (23). A ex-diretora do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), em Ponta Grossa, Elma Nery de Lima Romano, 50 anos, está sob escolta policial, em um quarto do hospital Angelina Caron, onde está internada. Segundo o delegado operacional do Cope, Francisco Caricati, que cumpriu o mandado, Elma estaria internada para tratar de uma crise nervosa.
De acordo com a polícia, a ex-diretora do IAP teria participado das autorizações para corte de araucárias em propriedades dos Campos Gerais. A polícia e o instituto já confirmaram que 25 licenças ambientais estariam irregulares. Cerca de 150 licenças estão sob suspeita e serão analisadas pela força-tarefa formada pela polícia e o IAP.
O delegado Caricati pedirá à Justiça para que outro médico avalie o estado de saúde de Elma. "A ação da polícia nesta operação foi um sucesso. Vamos aguardar que Elma saia do hospital para que ela possa ser detida, mas já está sob custódia da polícia", informou.
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Cerca de 50 policiais cumpriram oito mandados de prisão temporária na terça-feira (23) contra suspeitos de participar do esquema de compra e venda de autorizações irregulares para corte e venda de araucárias. As licenças eram emitidas por funcionários do IAP a fazendeiros e madeireiros. Com essas prisões faltava apenas um mandado para cumprir. "O advogado da Elma, Dálio Zippin, nos ligou, ainda na terça-feira (23), e disse que ela se apresentaria", afirmou o delegado.
Policiais Civis do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) realizaram a Operação Floresta Negra, nos Campos Gerais e em Curitiba. A polícia estima que mais de 36 mil árvores daquela espécie, em dezenove fazendas, tenham sido cortadas ilegalmente. A área devastada no Paraná equivaleria a quase 1.500 mil campos de futebol, de acordo com o IAP. Pelo menos R$ 8 milhões teriam sido movimentados pela quadrilha, segundo a polícia.
As informações são da AEN.