Três ex-diretores da Urbs continuariam recebendo seus salários mesmo depois de terem sido formalmente desligados da empresa, que administra o transporte coletivo em Curitiba.
A denúncia é do vereador Adenival Gomes (PT), da bancada de oposição ao prefeito Cassio Taniguchi.
Os três - o ex-presidente da Urbs, Fric Kerin, o ex-diretor da Diretran, José Álvaro Twardowsky, e o ex-diretor de Transporte da empresa, Euclides Rovani - são apontados pelo Ministério Público como responsáveis pelo esquema de não cobrança de multas das empresas de ônibus de Curitiba.
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Desde 11 de agosto, eles estão com todos os bens e depósitos bancários bloqueados por ordem da Justiça (leia matéria sobre o assunto na Folha de Londrina).
Através do esquema, denunciado em abril pelo mesmo vereador, as imagens dos ônibus das empresas de transporte coletivo ligadas à Urbs, flagrados pelos radares controladores de velocidade, eram supostamente invalidadas pelo sistema de computadores da empresa municipal.
O prejuízo pelo não pagamento das multas seria de, pelo menos, R$ 4,83 milhões.
Segundo a assessoria de imprensa de Adenival Gomes, o fato de os três ex-dirigentes continuarem recebendo seus salários teria sido comprovado a partir de um documento protocolado por um deles na sede do SindiUrbano (Sindicato dos Trabalhadores em Trânsito, Transporte e Urbanização de Curitiba), entidade representativa dos servidores da empresa.
Contrariado com uma contribuição sindical aprovada em assembléia da categoria, o ex-diretor em questão teria ido à sede do sindicato para solicitar o não desconto da mesma em seu salário relativo ao mês de setembro.
O vereador considera a continuidade do pagamento "um absurdo". Para ele, a prefeitura já deveria ter determinado a abertura de um processo administrativo para apurar responsabilidades.