Dirigir acima do limite de velocidade ainda aparece no topo da lista entre as infrações mais cometidas por motoristas paranaenses. Na próxima terça-feira (9) é comemorado o Dia da Velocidade e o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) alerta os motoristas sobre os perigos e consequências de ultrapassar os limites estabelecidos em vias públicas.
No primeiro semestre deste ano, 450.301 multas foram emitidas em todo o Estado para motoristas que dirigiram acima da velocidade permitida. O Código Brasileiro de Trânsito (CBT) prevê este tipo de infração no art. 218 em três incisos. Somadas, as três possibilidades representam 31% de todas as infrações cometidas no Paraná nos primeiros seis meses deste ano.
A situação que ocorre com maior frequência é transitar com a velocidade superior à máxima em até 20%. A infração representa 25% do total e aparece como recordista entre todas as outras, com mais do que o dobro de autos de infração do que a segunda da lista.
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A segunda mais recorrente entre os paranaenses é transitar com a velocidade superior à máxima em mais de 20% até 50% (considerada grave, com 5 pontos na CNH e multa de R$ 127,69).
A terceira possibilidade – que gera suspensão direta da Carteira Nacional de Habilitação - é transitar com a velocidade superior à máxima em mais de 50% (considerada gravíssima, com 7 pontos na CNH e multa de R$ 191,54). No primeiro semestre deste ano 4.651 motoristas tiveram a habilitação suspensa no estado devido a esta situação.
Capital
Os dados apresentados em Curitiba são semelhantes aos do Estado. Transitar com velocidade superior à máxima em até 20% somam 121.940 autos de infração emitidos nos primeiros seis meses de 2014 e representam 24% do total. Juntas, as três situações de infração por excesso de velocidade chegam a 27% do total.
Acidentes
Quanto maior a velocidade maior será o tempo de reação do condutor. A percepção de reação varia entre os motoristas de acordo com a idade e varia entre 0,75s a 0,95. Em uma situação a 100 km/h, com uma motocicleta, o tempo de reação chegaria a 14 m até ao acionamento dos freios.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados no Manual de Segurança para Pedestres, revelam que as probabilidades de uma pessoa sobreviver a um atropelamento se tornam ligeiramente mais baixas a partir de um impacto a 50 km/h.
De acordo com o estudo, um aumento de 5% na velocidade média leva a um aumento de cerca de 10% nas colisões com lesões e de 20% nas colisões fatais.