Além de ter apresentado melhora na taxa de mortalidade infantil, o Paraná também cresceu na expectativa de vida ao nascer no período de 1980 a 2010, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 30 anos, houve crescimento de 11.3 anos na expectativa de vida do paranaense.
Ao nascer, em 1980, os paranaenses tinham uma esperança de vida de 64 anos. O cenário em trinta anos mudou para uma taxa de 75,3 anos, sendo o Paraná o sétimo estado brasileiro no ranking nacional, mesma colocação de 30 anos atrás.
O crescimento foi o maior registrado entre os estados do Sul do Brasil, mas não o suficiente para que o Paraná continuasse com a menor expectativa de vida da região, na comparação com Santa Catarina (melhor estado do Brasil, com 76,8 anos) e Rio Grande do Sul (em quarto lugar, com 75,9 anos).
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O Paraná ainda está atrás do Distrito Federal (76,2), São Paulo (76,0), Espírito Santo (75,6) e Minas Gerais (75,4). A média nacional é de 73,76 anos de expectativa de vida.
Gênero - assim como em todos os estados brasileiros, no Paraná as mulheres aparecem à frente dos homens na esperança de vida. Em 2010, segundo o IBGE, enquanto elas viviam até 78,3 anos, eles tem esperança de vida de 72,0 anos.
Melhoria na renda - de acordo com o professor e economista da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Wilson Mendes do Valle, com aumento da renda per capita, que também evoluiu nos últimos 30 anos, a população no Paraná teve mais acesso a alimentação, serviços de saúde e medicamentos. "Isso altera o modo de vida das pessoas", diz.
A discrepância que ainda existe entre os demais estados do Sul e o Paraná se reflete por causa de questões pontuais características de cada estado, segundo o professor. Ele explica que, em comparação a Santa Catarina, o estado vizinho não possui grandes centros urbanos. "Como a população está em pequenas cidades e o padrão cultural é diferenciado, isso infuencia para que o estado extrapole os indicadores".
Com a falta de infraestrutura em outras em algumas regiões do Paraná, o estado ainda fica atrás do Rio Grande do Sul, segundo o professor.