Seis policiais civis foram afastados de suas funções e três deles foram presos nesta quarta-feira (26) acusados de envolvimento em um esquema de roubo de cargas no Oeste do Paraná. Entre os policiais afastados está um delegado. A prisão ocorreu durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Foz do Iguaçu.
Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão além de outros sete mandados de prisão nas cidades de São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Cascavel, Santa Terezinha do Itaipu, Foz do Iguaçu e Curitiba, determinados pela Justiça de São Miguel do Iguaçu. Além dos presos, o Gaeco ainda apreendeu duas escopetas, dois revólveres, produtos eletrônicos, dinheiro, celulares e rádio comunicadores.
Segundo o coordenador-geral do Gaeco no Paraná, procurador Leonir Batisti, o grupo atuava desde o assalto até o transbordo da mercadoria, que ficava escondida em sítios da região Oeste. "Eles usavam uniformes da Polícia Federal para realizar o assalto", diz o procurador.
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Além do assalto, os integrantes da quadrilha ainda procuravam sítios da região para esconder a carga. Em um dos casos, diz Batisti, uma família foi ameaçada com uso de armas de fogo para que aceitasse esconder o produto roubado na propriedade rural até que a carga fosse removida. O procurador diz ainda que um delegado estaria envolvido no caso. "Ele agiu acobertando casos, não conduziu as informações e não as colocou no inquérito de investigação [sobre o roubo]".
O delegado está entre os afastados. Batistti explica que foi da Justiça o critério para determinar quem seria preso e quem somente seria afastado, de acordo com a gravidade da conduta apurada no caso. Além dos policiais, outra pessoa foi presa, mas que não está ligada com a Polícia Civil ou qualquer outra entidade do Estado.
Agora os acusados terão que responder ao processo que corre na Justiça. O Gaeco vai continuar as investigações para saber se há mais pessoas envolvidas, quanto foi roubado até agora pelo grupo e qual o destino da carga após os assaltos.