O governo do Estado anunciou que não irá demolir a obra inacabada do Fórum de Curitiba, no Centro Cívico. A atual estrutura de doze andares deverá ser reduzida para apenas quatro pavimentos. Os compartimentos internos serão reestruturados para atender aos juízes e desembargadores do Tribunal de Alçada. A obra contará com 14,3 mil metros quadrados e custará mais R$ 14,5 milhões aos cofres públicos.
A empresa que ergueu o esqueleto, a Coteli Construtora Técnica Ltda, não deverá ser a responsável pelo término da obra, que será novamente submetida à licitação. A conclusão dos 12 pavimentos do prédio custaria cerca de R$ 41 milhões.
Além da remodelação do prédio abandonado, cujo estudo fica pronto em 60 dias, o Estado anunciou ainda a construção de dois prédios de 13,3 mil metros quadrados cada um, na Rua Deputado Mário de Barros, entre o Departamento de Transportes do Estado (Deto) e o Bosque do Papa. Os prédios serão semelhantes aos já existentes e ocupados pelas secretarias de Estado e custarão R$ 9,6 milhões cada um.
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Eles serão usados para abrigar aos juízes, promotores, procuradores e desembargadores do Tribunal de Justiça e do Ministério Público e contarão com uma área de 13,3 mil metros quadrados. "Esta é uma solução criteriosa e criativa sob o ponto de vista técnico para um problema que existe desde 1991, quando a obra foi abandonada", destacou o governador Jaime Lerner.
A previsão é a de que ainda este mês, um projeto de lei para viabilizar o edital de concorrência seja enviado para a Assembléia Legislativa. A intenção é fazer o pagamento da obra num sistema de leasing. Com isto, a empresa vencedora da licitação teria um prazo de um ano para construir os dois prédios públicos e remodelar o fórum num terreno do Estado e só começaria a receber após a construção total.
O valor a ser pago seria como um aluguel, de até 1% do valor total da obra por um período de 30 anos. "Vai ganhar a concorrência quem nos oferecer um índice menor. Com isto, o Estado pode fazer as obras imediatamente. Sem ter que esperar que o dinheiro entre em caixa", explicou Augusto Canto Neto, secretário de Estado de Obras Públicas.
O presidente do Tribunal de Justiça, Sydney Zappa, disse que o projeto resolve o problema de acomodação do Judiciário. "É uma solução para a Justiça do Paraná, sem implosão e sem esqueleto", salientou.