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Rota alternativa

Governo investe mais R$ 29,3 mi em 'desvio de pedágio'

Redação Bonde com AEN
07 jan 2010 às 22:27

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- AEN
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O governador Roberto Requião autorizou, nesta quinta-feira (7), mais R$ 29,3 milhões para a pavimentação da Estrada do Cerne – rodovia que liga a Região Metropolitana de Curitiba ao Norte do Paraná. Os recursos serão aplicados em 19 quilômetros da via, do distrito de Abapã, em Castro, ao cruzamento com a PR-340 próximo a Castrolanda.

O novo investimento é a continuidade da pavimentação da histórica rodovia desde Campo Magro até Castro. Segundo o secretário dos Transportes, Rogério W. Tizzot, a obra vai criar um eixo de desenvolvimento na região e estabelecer uma alternativa à rodovia pedagiada (BR-376). "Ao utilizar esta opção o motorista vai poder desviar de quatro praças de pedágio".

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O corredor citado pelo secretário sai de Curitiba, segue pela Estrada do Cerne passando por Campo Magro, pelo cruzamento com a PR-340, Castrolanda, e pelos municípios de Castro, Tibagi, Telêmaco Borba e Ortigueira.

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Recentemente o Governo do Paraná concluiu a pavimentação de 8,2 quilômetros entre Castrolanda e a PR-090. Outro trecho finalizado é o que liga Campo Magro até a segunda ponte do Rio do Cerne, em Bateias, com 16 quilômetros. A recuperação e a construção de terceiras-faixas na PR-340 entre Tibagi e Telêmaco Borba também foram concluídas há pouco tempo.

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HISTÓRICO - A Estrada do Cerne foi a principal obra da década de 1930. Na época foi considerada como "a maior rodovia que se construiu no Paraná em todos os tempos". Faz a ligação entre o Sul e o Norte do Estado, passando por diversos municípios, entre eles Curitiba, Campo Magro, Castro, Piraí do Sul, Ventania, São Jerônimo da Serra, Jataizinho, Bela Vista do Paraíso e Alvorada do Sul, já na divisa com São Paulo.


Durante 20 anos, a Estrada do Cerne se tornou uma das principais vias de escoamento da produção agrícola, notadamente o café, que antes era em grande parte exportado pelo Porto de Santos, para o Porto de Paranaguá.


Os reflexos benéficos da via na região de sua zona de influência foram imediatos. Três grandes empreendimentos industriais foram erguidos ao longo e nas imediações da nova estrada: a indústria de papel, a exploração em grande escala do carvão paranaense em Figueira e a usina de açúcar em Porecatu, que atraíram capitais paulistas sob o estímulo das facilidades criadas pelo interventor Manoel Ribas. O Paraná não só cresceu como celeiro agrícola e maior exportador de café do Brasil, como também se industrializou a passos largos, transformando o Porto de Paranaguá no mais importante do País.

No início dos anos 60, com a abertura da Rodovia do Café, inteiramente asfaltada entre Ponta Grossa e Apucarana, o tráfego mais intenso deixou de lado a Estrada do Cerne, que começou a perder a importância, juntamente com quase toda a região por ela servida. Além disso, o deslocamento da fronteira agrícola após saltar o rio Tibagi e de expandir para o Nordeste e o extremo Oeste provocou e esvaziamento econômico e demográfico da área.


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