Nesta terça-feira (20) o Paraná completou 65 dias sem chuvas significativas, o que coloca o Estado em situação de alerta contra uma seca que promete se tornar histórica. A estiagem atual foi gravada pela falta de chuvas que ocorredesde o verão, ocasionando a seca dos rios, baixando consideravelmente o nível da água nos reservatórios e deixando o agricultor e a população preocupados.
De acordo com previsões da Suderhsa (Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental) caso o clima continue como está, o Paraná pode caminhar para a pior seca já registrada no Estado desde 1930.
Infelizmente as previsões fundamentam os receios da Suderhsa. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, só quando chegar a primavera o Estado poderá se recuperar, gradualmente, dos estragos causados pela estiagem. Enquanto isso, a melhor saída ainda é economizar água.
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Apenas o sudoeste viu quantidade razoável de chuva dentro dos últimos dois meses. Foi no início deste mês, na região do Médio Iguaçu. No entanto, ainda que um pouco mais volumosa, não foi muito funcional.
Nos Campos Gerais e no norte as frentes frias chegam e muitas vezes são percebidas apenas pela queda nas temperaturas. Nos últimos oito anos - e no que se refere a este período do ano -, o Simepar nunca registrou tão pouca chuva. Para o inverno as perspectivas também não são boas, já que a estação promete repetir o quadro antecipado pelo outono.
A Suderhsa aponta para um quadro ainda mais devastador: técnicos afirmam que, pelas observações, parece estar chegando o momento mais crítico para o Estado desde 1930 - uma vez que ainda espera-se pela época de mais seca, o mês de agosto. As equipes que vão a campo relatam nunca ter visto os rios do Paraná com vazão tão baixa. Em alguns lugares, balsas estão encalhadas e é possível passar de carro no leito dos rios.
É o caso de rios importantes, como o Iguaçu, Piquiri, Ivaí, Tibagi e seus afluentes. As cidades de União da Vitória e Porto União, por exemplo, localizadas às margens do Iguaçu, sentem o drama. No meio rural, situação de emergência já foi decretada. Falta capim e água para o gado e a produção de leite sofre violenta queda. Em algumas propriedades, até água para beber está virando raridade.