Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Indio coordenará a educação de 32 mil caingangues no Sul

Erika Wandembruck - Folha do Paraná
28 set 2001 às 15:20

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Depois de 18 anos trabalhando como professor na aldeia caingangue de Mangueirinha (no Sudoeste do Estado), a qual pertence, o índio paranaense Sauri Pafej Manoel Antonio, foi nomeado na última quarta-feira pelo ministro de Educação, Paulo Renato, coordenador de Educação Indígena do Sul do Brasil. Ele vai administrar os projetos educacionais desenvolvidos para mais de 32 mil caingangues de mais de 17 tribos existentes na Região Sul.

Pafej, que é o único índio brasileiro que concluiu a Faculdade de Filosofia e pós-graduação em História da Educação, disse em Curitiba que sua principal meta é percorrer as aldeias repassando os conhecimentos que adquiriu. "Vou estimular o ensino do macruchê (idioma dos caingangues) nas escolas indígenas. Não podemos perder as nossas tradições e costumes. Ensinando o macruchê, estaremos fortelecendo as nossas raízes. O índio precisa se orgulhar de sua raça", disse.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O segundo passo, completou, será o ensinamento do idioma português nas escolas. "Só assim, o caingangue poderá se comunicar com pessoas de outras raças e, como eu, ter acesso a uma universidade, pois também tem competência para isso", afirmou.

Leia mais:

Imagem de destaque
23,5% do total

Parceiro da Escola: em dois dias, 23,5 mil pessoas participaram da consulta pública

Imagem de destaque
Conquista

Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior

Imagem de destaque
Grandes volumes de chuva

Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda

Imagem de destaque
Última chance

Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira


Disse que, por ser índio, foi muito discriminado. "Mas consegui vencer e quero que outros índios também superem as barreiras do preconceito", desabafou. Pafej é o diretor da escola indígena na tribo de Mangueirinha. "Além disso, leciono por 40 horas semanais", contou. Ele recebe três salários-mínimos por mês.

"Como coordenador não vou ganhar nada. Apenas as passagens, estadias e alimentação serão financiadas pelo governo. Mesmo assim, estou feliz porque amo meu povo e neste cargo vou poder lutar por uma educação de qualidade para os índios", ressaltou. Só no Paraná vivem mais de 10 mil caingangues.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo