Um quadro geral sobre a situação dos rios do Paraná pode ser traçado a partir do livro "Qualidade das Águas Internas do Estado do Paraná", escrito em 1999 por pesquisadores da Superintendência de Recursos Hídricos do Paraná (Sudhersa), com base em análises feitas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Os rios de Curitiba são classificados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) como categoria 2 (média poluição). Na prática, eles chegam ao nível 3 e até mesmo nível 4, ou seja, completamente poluído e sem condições de uso.
Um dos parâmetros que mede a qualidade é a quantidade de coliformes fecais. No Rio Iguaçu chega bem acima dos 20 mil por 100 mililitros, tolerados na categoria 4. A oxigenação também é praticamente inexistente.
Leia mais:
Parceiro da Escola: em dois dias, 23,5 mil pessoas participaram da consulta pública
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Um rio sem poluição tem oito miligramas de oxigênio dissolvido por litro de água, mas em muitos dos rios do Paraná é comum o oxigênio estar abaixo de cinco miligramas por litro ou até em duas miligramas por litro. Nestes casos, uma das consequências é a inexistência ou pouca variedade de peixes, já que a maioria não vive em condições de baixa oxigenação.
Outro problema comum à maioria dos rios é a poluição através de produtos químicos despejados por indústrias e causada também pelos fertilizantes usados por agricultores. As maiores causas de poluição, entretanto, continuam sendo o despejo de esgoto sanitário e o lixo. A Sanepar coleta apenas 52% do esgoto da Região Metropolitana de Curitiba, tratando 80% deste total. Isto significa que 47% do esgoto não recebe nenhum tratamento, sendo despejado, em sua maioria, "in natura" para os rios.