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Polêmica

Moradores questionam licença do IAP para fábrica de baterias em Rolândia

Rafael Fantin - Redação Bonde
16 mai 2014 às 16:18

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O Ministério Público (MP) e a Câmara Municipal de Rolândia realizam na próxima quinta-feira (22) uma audiência pública, às 19h, na sede do Legislativo para discutir com a população a licença prévia concedida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) no dia 26 de março que autoriza a instalação de empreendimento para fabricação de pilhas e baterias na zona rural de Rolândia.

Segundo a licença, a empresa pretende instalar a indústria no lote 133-A da PR-170 entre Rolândia e Porecatu, próximo ao distrito rural de São Martinho.

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Em entrevista ao portal Bonde, a promotora Lucimara Salles Ferro explicou que a audiência pública deve esclarecer as dúvidas dos moradores da zona rural, preocupados com a indústria potencialmente poluidora. "Um procedimento já foi aberto após denúncia do Sindicato Rural, que pode até se tornar em ação civil pública", informou.

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Um dos questionamentos é a instalação da fábrica na área rural, que não permite a construção de indústrias. No entanto, um projeto de lei que tramita na Câmara de Vereadores pode alterar o zoneamento do município. Além disso, a comunidade ainda questiona a área escolhida pela empresa por causa da proximidade com nascentes do ribeirão Bandeirantes do Norte, na bacia do Pirapó.

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Procurado pela reportagem, o chefe regional do IAP, Raimundo Maia Campos Júnior, justificou que a distância da área para nascentes é de 300 metros, o que não provocaria danos ambientais. "O empreendimento não lança efluentes. Como o circuito é fechado, toda água é reaproveitada e os resíduos devem ser enviados para aterros especializados neste tipo de tratamento", comentou.


Além disso, ele ressaltou que a indústria ainda necessita da licença para instalação, com apresentação do projeto da fábrica, e da licença de operação. "A empresa só pode começar a construção após apresentar documento do município, que possibilita a instalação com base no zoneamento da cidade", disse.

Questionado sobre a licença prévia, o chefe regional respondeu: "Não podemos negar apenas porque a comunidade não quer (a indústria). Um engenheiro químico com mais de 20 de experiência no IAP fez a vistoria, que aponta que é possível. O instituto toma decisões estritamente ambientais, pensando no desenvolvimento sustentável."


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