A Secretaria de Assistência Social de Jacarezinho (Norte Pioneiro) já identificou 60 beneficiários mortos do Bolsa Família que continuam cadastrados no programa, sendo que seis (10%) estão recebendo a transferência de renda do Governo Federal por meio dos familiares.
Essas e outras irregularidades foram sendo levantadas a partir de novembro do ano passado, quando uma empresa contratada pela prefeitura iniciou o recadastramento domiciliar das mais de 6.300 famílias do município que estão inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (Cad Único). Somente nas duas primeiras semanas de trabalho, foram identificados 20 beneficiários mortos. A secretaria estima que 2.300 famílias recebem o benefício da transferência de renda em Jacarezinho, cujos valores variam de R$ 70 a R$ 400.
Até o momento, a equipe de recadastramento visitou mais de quatro mil domicílios, prometendo encerrar o levantamento no final do mês para então entregar o relatório completo de todas as irregularidades verificadas à unidade do Ministério Público Federal (MPF) instalada no município.
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Além dos casos de beneficiários mortos, há também situações de famílias cadastradas cujos rendimentos estão acima da renda per capita estabelecida pelo Governo Federal para receber o benefício - inferior a R$ 77 mensais. Em contrapartida, a prefeitura também identificou que cerca de 300 famílias solicitaram o descredenciamento do programa porque já estão em melhores condições econômicas.
A diretora técnica da Secretaria de Assistência Social de Jacarezinho, Cíntia Bruno Ferreira Garcia, disse que isso só foi possível depois que a secretaria passou a fazer o recadastramento domiciliar. "Quando a atualização era feita somente na secretaria e nos dois Centros de Referência de Assistência Social (Cras) do município, só dez famílias pediram o descredenciamento desde que o programa entrou em vigor aqui em Jacarezinho", disse.