Mais de 3 mil pessoas ficaram feridas em acidentes de trânsito registrados nas ruas e avenidas de Londrina entre janeiro e agosto deste ano. Quase 70 do total de vítimas morreram, de acordo com informações da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). Os dados preocupam o promotor de Defesa da Saúde Pública de Londrina, Paulo Tavares, que enviou ofícios ao poder público, na última quinta-feira (11), cobrando a instauração de um plano emergencial para coibir o registro de mais acidentes. "O problema precisa ser tratado como prioridade", destacou o promotor em entrevista à rádio CBN Londrina nesta segunda-feira (15).
Tavares encaminhou ofícios ao prefeito Alexandre Kireeff (PSD), ao novo presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização, José Carlos Bruno de Oliveira, e ao comando do 5º Batalhão da Polícia Militar.
O promotor quer saber se a atual administração investe o dinheiro arrecadado por meio da aplicação de multas na realização de campanhas de conscientização e ações de fiscalização. Ele também pede para a Polícia Militar (PM) intensificar a realização de blitze nas ruas e avenidas da cidade.
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Paulo Tavares chama a atenção para outro dado preocupante: entre janeiro e julho deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde gastou quase R$ 1,3 milhão para socorrer e atender vítimas de acidente em Londrina. "O valor é maior que a cifra gasta em Curitiba, cidade que tem o dobro de veículos que Londrina. Isso acontece por que na capital se investe em campanhas e fiscalização, diferentemente do que ocorre por aqui", criticou.
Os órgãos notificados pelo Ministério Público (MP) têm 15 dias para responder os ofícios.