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MST ocupa fazenda e estremece acordo

Israel Reinstein - Folha do Paraná
21 dez 2000 às 11:49

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A invasão da Fazenda Água da Prata, em Querência do Norte (Noroeste do Estado), pelos sem-terra quase pôs fim ao acordo estabelecido entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Ouvidoria Agrária do Ministério da Justiça. A ocupação (no último dia 18) aconteceu três dias depois que foi estabelecido uma trégua no campo. Em função disso, o ouvidor agrário, Gercino José da Silva Filho, teve que atuar como bombeiro para evitar a quebra do acordo.

Ontem, o ouvidor agrário gastou boa parte do dia para convencer o MST a deixar a Fazenda Água da Prata. Também, ele procurou acalmar a superintendência regional do Incra e o governo do Estado, que ficaram irritados com a quebra da palavra do MST. No fim da tarde, o ouvidor obteve o compromisso de José Damasceno, um dos coordenadores do movimento, de que as famílias invasoras iriam desocupar à área no máximo em dois dias.

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No começo da tarde, o assessor fundiário do governo do Estado, Antônio Carlos Coelho, considerava que o MST teria quebrado o acordo. Na reunião do dia 15, o movimento tinha se comprometido a interromper as invasões pelo período de quatro meses e, em contrapartida, o governo não realizaria desocupações. "Se houver pedido de reintegração de posse da Água da Prata, o governo vai cumprir", avisava o assessor.

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No entanto, o ouvidor pediu tempo ao governo do Estado e o Incra. Usando o argumento de que o processo de desapropriação de terras, incluindo a da Fazenda Água da Prata, seria interrompido, ele convenceu ao MST a suspender a invasão. Damasceno conseguiu do ouvidor a possibilidade de se realizar a colheita. O coordenador do MST está indo hoje para a região para retirar as famílias.

"O acordo continua em pé. E, agora, estou buscando os recursos para realizar novos asentamentos", disse. Para cumprir o que foi estabelecido (dar terras para mais de 2,7 mil famílias e encontrar local para a relocação de outras 2,2 mil) vai custar R$ 50 milhões.


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