Ainda não há previsão de prazo para a instalação dos radares eletrônicos nas rodovias federais no Paraná. A falta de acordo com os Detrans sobre a percentagem das multas a serem recebidas inviabilizou temporariamente o projeto.
O único convênio assinado até agora entre o Detran/PR e o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagens) diz respeito às multas cobradas pelo Redutor Eletrônico de Velocidade (REV). O DetranPR assinou um convênio com o DNER em setembro do ano passado que determina o recolhimento de 10% do valor da multa arrecadada.
Segundo Francisco Andreata, da assessoria executiva do Detran/PR, não há até agora nenhum acordo sobre os radares eletrônicos fixos ou móveis. "Colaboramos com o DNER quando necessário, mas esse assunto não foi definido", disse Andreata.
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No trecho paranaense da rodovia BR-116 existem dez redutores eletrônicos que registram a média diária de 280 mil veículos. Pelos dois equipamentos localizados na BR-376 são 15,8 mil veículos e na BR-476 são 26 mil carros que passam diariamente pelos dois redutores.
Segundo dados fornecidos pelo DNER somente 0,045% do movimento registrado em cada redutor recebe multas por excesso de velocidade. Essas multas variam entre R$ 120 e R$ 540. Em agosto foram registrados 740 processos de recursos contestando as multas aplicadas.
"A implantação dos redutores foi aprovada por causa dos índices que apontam uma redução no número de acidentes", afirmou o diretor do DNER/PR, João Alberto Sautchuk. A instalação de cada um corresponde a um investimento de R$ 80 mil.
Segundo o chefe de Operação e Pesagem do DNER, Luiz Cláudio Varejão, um dos maiores problemas encontrados reside na falta de cadastro dos automóveis. "Sem esse cadastro, não há como identificar o motorista infrator", concluiu Varejão.