Nenhuma das 12 escolas de samba e seis blocos carnavalescos inscritos junto à Fundação Cultural de Curitiba está habilitada a participar do carnaval de rua da Capital. Em reunião, realizada na terça-feira para avaliar a documentação e selecionar os participantes do desfile, a Comissão Executiva do Carnaval constatou que nenhum grupo apresentou a documentação completa necessária. As escolas e blocos têm prazo até sexta-feira, às 15 horas, para regularizar a situação.
O presidente da Liga das Escolas de Samba de Curitiba, Saul D"Avilla, garante que Curitiba não corre o risco de ficar sem carnaval de rua. "As escolas vão entregar a documentação em tempo", diz.
Ainda assim, não está certa a participação de pelo menos quatro escolas e dois blocos, que foram desclassificados do desfile do carnaval do ano passado por não atenderem ao número mínimo de integrantes exigido pelo regulamento do carnaval. A Federação das Escolas de Samba de Curitiba, no entanto, está apenas aguardando a publicação de edital da Comissão, listando as escolas habilitadas, para entrar na Justiça com pedido de mandado de segurança para garantir a participação destas escolas.
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Saul D"Avilla não concorda com a participação dos excluídos. "Essas escolas não cumpriram o que determinava o carnaval do ano passado mas querem ter o mesmo direito de quem se adequou e cumpriu o regulamento", diz. Foram desclassificadas em 2000 três escolas da primeira divisão (Garotos Unidos, Tradição Rubro Negra, Colorado), uma escola do grupo em ascenção (Leão de Ouro) e dois blocos (Boca da Mata e Águia de Ouro).
Já o presidente da Escola de Samba Garotos Unidos argumenta que a Fundação Cultural de Curitiba desrespeitou o regulamento do carnaval 2000 antes das escolas. "A Fundação devia repassar a verba para as escolas 20 dias antes do carnaval, mas só repassou 12 dias antes. Com isso, nós não tivemos tempo para nos preparar", defende-se.
O presidente da Comissão de Carnaval, Dorival Tanan, garante que os recursos saíram no dia 26 de fevereiro, data prevista em contrato entre as partes. As escolas da primeira divisão receberam R$ 12 mil cada no ano passado, mesmo valor a ser pago este ano. As escolas em ascenção recebem R$ 8 mil e os blocos R$ 2,5 mil cada.
Para sair do impasse, Tanan propôs à Liga e à Federação que realizem uma assembléia com a presença de todas as escolas e decidam em comum acordo se concordam ou não com a participação das escolas desclassificadas em 2000. "O problema é que elas também não aceitam essa proposta", diz.