Morreu na manhã desta terça-feira (16), aos 59 anos, o publicitário
paranaense Maurício Borges, pai da bailarina Magó - que foi
violentamente assassinada em janeiro de 2020. Ele sofreu um acidente de
trânsito no último sábado (13), quando dois veículos bateram de frente
na PR-444, próximo à cidade de Mandaguari. Encaminhado à Santa Casa de
Maringá em estado grave, Maurício teve que ser entubado devido à grande
perda de sangue causada por três faturas na perna esquerda, mas não
resistiu aos ferimentos. As informações sobre o velório e sepultamento
ainda não foram divulgadas pela família.
Maurício Borges deixa a esposa e filha. O publicitário ficou conhecido
em todo o país ao participar de atos em homenagem à filha Maria Glória
Poltronieri, popularmente conhecida como Magó. A bailarina foi
encontrada morta em uma cachoeira no município de Mandaguari, no dia 26
de janeiro de 2020. Laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que
ela foi enforcada e violentada sexualmente. O feminicídio da artista
causou comoção nacional.
O crime motivou protestos realizados em diversas cidades do país. Em
Maringá, cidade natal da bailarina, cerca de cinco mil pessoas se
reuniram para prestar homenagens à artista. "Eu sabia que as amigas
estavam organizadas e pedindo apoio, mas quando cheguei aqui e vi essa
quantidade de pessoas, eu me emocionei muito. Estou canalizando minhas
forças por essa bandeira, que a partir de agora será a minha missão",
declarou Maurício Borges no dia do manifesto. Outras manifestações
também ocorreram em Londrina, Curitiba, Campo Grande (MS) e
Florianópolis (SC), São Paulo, Gamboa (SC), Belo Horizonte (MG) e
Itaparica (BA).
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Após investigações, a polícia apontou como
suspeito pelo assassinato Flávio Campana, de 40 anos, que teria estado
na mesma chácara que Maria Glória, quando o crime aconteceu. O suspeito
foi preso dias em Apucarana, onde morava. Apesar de negar a autoria do
crime, exames apontaram como sendo dele o material genético encontrado
na calcinha e no corpo da bailarina.
Indiciado por homicídio
qualificado, estupro e ocultação de cadáver, Campana não respondeu às
perguntas do juiz, do promotor e do assistente de acusação da família da
vítima em audiência realizada em dezembro do ano passado.
Além de dançar, Magó dava aulas de balé e cursava artes visuais na UEM (Universidade Estadual de Maringá).
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