Paraná

Pandemia impõe desafios ao sistema prisional no Paraná

23 set 2020 às 08:46

A fuga de 36 dos 118 presos diagnosticados com a Covid-19 da Cadeia Pública de Cambará (Norte Pioneiro), no início da manhã desta terça-feira (22), voltou a expor um grande desafio imposto ao sistema penal paranaense pela pandemia do coronavírus: o de evitar surtos da doença no lado de dentro das carceragens, a maioria delas superlotadas. A FOLHA apurou que até o final da tarde desta terça, a Polícia Militar havia recapturado seis fugitivos e o túnel cavado pelos internos foi fechado ainda durante o dia, informou o Depen (Departamento Penitenciário). Além deles, dois servidores da unidade também foram diagnosticados com o vírus.


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Com espaços que operam na maioria das vezes acima da capacidade e que não possuem a circulação de ar adequada, o clima de apreensão entre os policiais penais volta a lembrar a população paranaense de que muitas carceragens do estado são como bombas-relógio. "Toca o telefone e eu penso ‘onde foi desta vez?'”, comentou o coordenador regional do Depen (Departamento Penitenciário), Reginaldo Peixoto.

Em junho, 122 presos dentre 178 que estavam na cadeia de Toledo (Oeste), haviam sido diagnosticados. Eles ocupavam um local com capacidade para 40 presos. Já em agosto, a Secretaria de Saúde de Londrina e o Depen identificaram um surto no Creslon (Centro de Reintegração Social de Londrina), local destinado aos detentos que obtiveram o direito de cumprir suas penas no regime semiaberto. Foram 114 diagnosticados com a Covid-19 na primeira testagem e outros 12 em um segundo momento, afirmou o coordenador.


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