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Desde 2016

Paraná já recebeu mais de dois mil estrangeiros

AEN-PR
15 fev 2019 às 10:36
- Divulgação/Kerem Bomfim/AEN-PR
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Desde que foi inaugurado, em 2016, o Ceim-Pr (Centro de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas do Paraná) recebeu registros de 2.108 estrangeiros de mais de 40 nacionalidades. Nesta sexta-feira (15), o quarto grupo de venezuelanos chega ao Paraná. Com a proposta de oferecer orientação e acesso às diversas políticas públicas do Estado, a unidade, vinculada à Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, acolhe e orienta os imigrantes e faz os encaminhamentos necessários – como, por exemplo, auxílio para buscar um emprego.

Em dois anos, o Centro recebeu registros de mais de 40 nacionalidades, com destaque para Haiti, Cuba, Síria e Venezuela. São populações que vivenciam crises humanitárias motivadas por tragédias naturais ou crises políticas, como o terremoto que atingiu o Haiti em 2015, as ditaduras enfrentadas por venezuelanos e cubanos e a guerra civil síria, que começou em 2011.

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Na Venezuela, a questão política que afeta as liberdades individuais causou duros danos também na economia. "Um simples almoço por lá está custando cerca de duzentos reais", diz Jose Luis Mata Merceron, de 46 anos, que assim como seu conterrâneo Miguel Leonardo Guevo Rodriguez, 33, veio com a família para o Brasil. No processo de interiorização do Governo Federal, iniciado em 2018, foram encaminhados para o Paraná.

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Aqui, pretendem recomeçar a vida do zero. Miguel é engenheiro industrial e, juntamente com a esposa e o auxílio do Centro, está elaborando currículos para conseguir um emprego. Jose Luis tinha uma empresa de ônibus e agora quer regularizar a carteira de motorista para conseguir um trabalho.

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Nesta sexta-feira (15) chega ao Paraná mais um grupo de venezuelanos. No total, 109 imigrantes vêm de Boa Vista (RR), transportados em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), numa ação da Operação Acolhida. Noventa ficarão em Curitiba, e outros 19 serão encaminhados para Goioerê, no interior do estado.


Para o secretário da Justiça, Ney Leprevost, o papel do Estado é oferecer condições dignas para que essas pessoas consigam, no Brasil, uma nova oportunidade. E o Paraná, um dos Estados com a maior diversidade étnica do Brasil, está pronto para recebê-los. "As 28 etnias que colonizaram o Estado nos séculos XIX e XX – alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses entre eles – trouxeram na bagagem seus costumes e tradições e ajudaram a construir o Paraná de agora. Hoje, são outros povos que buscam abrigo aqui. Muitos migrantes estão fugindo de governos ditatoriais ou de situações de calamidade pública e extrema pobreza. Aqui, encaminhamos para assistência jurídica, mercado de trabalho e atendimento socioassistencial", diz Leprevost.

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Orientações
O migrante pode revalidar no Paraná, por meio do Ceim-PR, o ensino fundamental e médio, além de se matricular no ensino regular. Na sequência, realizar processo seletivo para cursos técnicos subsequentes. Também pode fazer a carteirinha da Biblioteca Pública para as aulas de português e a verificação de vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil.


Ainda há a possibilidade de encaminhamento para o mercado de trabalho. Para isso, é feito o cadastro no portal do Ministério do Trabalho; verificação de vagas disponíveis; elaboração e impressão de currículos; organização de documentação para contratação; orientação profissional e informações sobre cursos de qualificação profissional e agendamento de atendimento para emissão da carteira de trabalho.

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No campo jurídico, é feito todo o acompanhamento legal para que seja possível regularizar o status migratório, distribuição de informações sobre o acesso à justiça gratuita, regularização documental, tipos de vistos, autorização de residência e solicitação de refúgio.


Na assistência social, são prestados atendimentos com a interlocução dos órgãos, como Centros de Referência e Centros Especializados de Assistência Social (Cras e Creas), bem como Centros POP; com entidades da sociedade civil referente a casos de acolhimento e recepção de migrantes, encaminhamentos para o cadastro único para verificação de benefícios eventuais e a intermediação de acolhimento institucional.


A maioria dos migrantes que chega até o Centro está na faixa etária dos 30 ao 59 anos e é formada por homens, que buscam trabalho, orientação para elaboração de currículo e para reinserção no mercado de trabalho. Somente nesta categoria, foram atendidos 86 migrantes em janeiro.

São atendidas as seguintes nacionalidades: Afeganistão, Angola, Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Brasil, Cabo Verde, Camarões, Chile, Colômbia, Congo-Brazzaville, Costa do Marfim, Cuba, Egito, Espanha, El Salvador, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Haiti, Honduras, Iêmen, Itália, Japão, Jordânia, Líbano, Marrocos, Mauritânia, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Peru, Portugal, República Democrática do Congo, República Dominicana, Senegal, Serra Leoa, Síria, Tunísia, Uruguai e Venezuela.


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