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Inventário

Paraná quer concluir diagnóstico detalhado de florestas em 2015

Redação Bonde com Sema
19 nov 2013 às 15:12

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O Paraná concluiu a primeira fase do levantamento detalhado sobre quantidade e qualidade das florestas e será um dos primeiros estados a entregar o inventário. "A previsão é que até 2015 o Paraná tenha todo o diagnóstico das suas florestas", afirmou Daniel Piotto, gerente executivo do Serviço Florestal Brasileiro, na abertura do 2.º Simpósio Nacional de Inventário Florestal.

O encontro começou na noite de segunda-feira (18), em Curitiba, e reúne, até quarta (20), pesquisadores, acadêmicos e representantes dos setores público e privado de todo o país. "O Paraná é o segundo estado a dar início a produção do inventário, logo após Santa Catarina. A primeira das três fases foi concluída e a meta é concluir as demais fases ainda em 2014", disse Piotto.

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O Inventário Florestal do Estado é executado pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro. O estudo foi incluído como parte do programa Bioclima Paraná e está analisando 550 pontos e uma área total de 4.352.000 metros quadrados de florestas. Os números apontarão a quantidade de espécies nativas e novas espécies, além de possíveis ameaças de extinção.

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Na primeira das três fases foram coletados dados de 152 unidades, que somam 1.216.000 metros quadrados de florestas das regiões Centro Sul, Centro Ocidental e Sudeste do Paraná. A segunda fase, que deve ser executada em 2014, analisará 161 pontos no Sudoeste, Centro Oriental e Região Metropolitana de Curitiba. Na terceira fase, também prevista para 2014, o levantamento será no Noroeste, Norte Central, Norte Pioneiro e Oeste, onde serão analisados 237 pontos.

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O diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, destacou a parceria com o Governo do Paraná: "Graças a este trabalho conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente do Paraná encontramos os recursos necessários para a execução do inventário, que era um dos nossos grandes desafios", ressalta Hummel. Ele lembrou que 60% do território nacional é coberto por florestas. A meta do Ministério do Meio Ambiente é que todos os estados concluam seus inventários até 2019.


BENEFÍCIOS - O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, afirmou que os inventários vão colaborar na formulação de políticas de conservação, desenvolvimento e uso dos recursos florestais. "O trabalho incluirá variáveis biofísicas, que buscam fornecer informações sobre a dinâmica das florestas, assim como dados socioambientais sobre a importância das florestas para a população que vive em seu entorno". Segundo ele, com estas informações será possível analisar a influência da biodiversidade na vida dos paranaenses, como uso de plantas para fins medicinais.

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O diretor-geral da Secretaria do Meio Ambiente, Antonio Caetano de Paula Júnior, disse que as políticas públicas ambientais poderão ser aprimoradas com o inventário. Para ele, com o fortalecimento da gestão florestal, será possível melhorar o manejo florestal comunitário e familiar, apoiar atividades de fomento ao uso sustentável desses recursos e de recuperação das florestas, contribuir para o cadastro de florestas públicas, além de investir em ações de capacitação para a geração de novas informações.


METODOLOGIA - A técnica da Coordenadoria de Biodiversidade da Secretaria do Meio Ambiente, Gracie Maximiano, explica que, diferente dos inventários feitos anteriormente no estado, que usaram imagens de satélite, este adota escala em tamanho real. "O método, usado internacionalmente, trará resultados muito mais precisos", conta. A metodologia é a mesma usada, por exemplo, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para fazer o inventário das florestas do mundo todo.


"Essas informações nos darão condições de cuidar e zelar de forma sábia pela biodiversidade que temos. Além disso, o Estado terá subsídio para investir e aprimorar o conhecimento e a produção científica, especialmente nas áreas cosmética, farmacêutica e alimentícia", comenta Gracie.

A elaboração do inventário florestal do Paraná conta com o apoio da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento e da Universidade Federal do Paraná. A análise da paisagem é feita pela Embrapa Florestas e a identificação do material botânico pelo Museu Botânico de Curitiba.


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