Um seleto grupo de pessoas acompanhou, de Curitiba, a análise do resultado das pesquisas do Projeto Genoma Humano, divulgado nos Estados Unidos. O projeto foi tema de conferência transmitida ao vivo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), única instituição no Brasil credenciada para fazer a transmissão.
Na platéia, pelo menos dois profissionais paranaenses se orgulhavam de ter contribuído para o projeto, iniciado há dez anos com o objetivo de determinar a sequência completa do DNA humano. O Projeto Genoma envolveu profissionais de cerca de cem países.
O cientista curitibano Salmo Raskin é um dos dez brasileiros que participam do Projeto Genoma. Sua contribuição foi decifrar o genoma dos brasileiros com fibrose cística, doença pouco diagnosticada no Brasil. Para o cientista, que acompanhou a conferência como expectador, o resultado das pesquisas realizadas em conjunto é essencial para evolução humana.
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"Agora temos certeza de que a evolução não é proporcional ao número de genes", comenta. A descoberta, revela o cientista, será fundamental para o diagnóstico e tratamento das doenças genéticas, podendo erradicar várias delas.
No entanto, o pesquisador do Centro Genômico de Montreal Marcelo Mira revela que ainda não há como fazer uma estimativa do prazo em que a população estará se beneficiando desses estudos. "Talvez nossos filhos e netos já estejam usufruindo dos resultados do Projeto Genoma", opina Mira. Também de Curitiba ele é responsável pelas pesquisas que identificam os gens relacionados à doenças infecciosas no ser humano.
Os cerca de cem profissionais e estudantes que assistiram a conferência - transmitida do National Human Genome Research Institute (EUA) - não puderam fazer perguntas nem interferências. "Mas é interessante acompanhar simultaneamente as revelações que estão sendo feitas", opinou a estudante do 1º ano do curso de Medicina da PUC, Thais Haren Rufino, 21.