A partir da próxima quinta-feira (14), a tarifa de ônibus e Curitiba e na Rede Integrada de Transporte (RIT) de 13 cidades da Região Metropolitana da Capital passará a valer R$ 2,85 para os passageiros, um aumento de R$ 0,25 em relação ao preço atual, de R$ 2,60. A prefeitura, entretanto, joga para o governo do estado a responsabilidade do custo do transporte intermunicipal (que, por passageiro, está acima do valor decidido) para manter a tarifa única e o transporte integrado.
Conforme prometido pelo prefeito Gustavo Fruet, foi utilizada a tarifa técnica, que agora é totalmente repassada ao usuário. A tarifa técnica é o preço real por passageiro que a Urbanização de Curitiba (Urbs) gasta para manter o transporte público. Porém, a tarifa ainda ficou abaixo do preço na Rede Integrada de Transporte para cada passageiro, que, com a aprovação do reajuste de 10,5% para motoristas e cobradores, subiu para R$ 3,13.
Os desentendimentos entre o governo do Estado e a prefeitura de Curitiba sobre o subsídio dado para a manutenção da tarifa, que acaba em maio, podem comprometer a tarifa única e a rede integrada. O custo real por passageiro nas 13 cidades da RIT, segundo o presidente da Urbs Roberto Gregório da Silva Júnior, ainda leva em conta esse subsídio, mas há incerteza sobre como este valor e a RIT vão se manter depois de maio.
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A diferença entre o valor da tarifa para o usuário (R$ 2,85) e a tarifa técnica do transporte intermunicipal (R$ 3,13), segundo o presidente, terá que ser subsidiada pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec). "A Urbs do ponto de vista legal não tem competência para operar o transporte intermunicipal. Esta demanda não é do município de Curitiba, é de toda a população da Região Metropolitana".
De acordo com Silva, as negociações para que se mantenha um aporte financeiro por parte da Comec, já começaram, mas, oficialmente não há nada confirmado. "Temos que construir essa parceria (entre prefeitura e Comec), em suporte institucional legal para continuar esse patrimônio que é a Rede Integrada de Transporte".
Segundo o presidente da Urbs, por mês é necessário um aporte financeiro de R$ 7 milhões para arcar com os custos da Rede Integrada de Transportes nas 13 cidades, o que significa, por ano, R$ 84 milhões. O valor não leva em conta o custo do transporte dentro da cidade de Curitiba. O presidente da Urbs disse que ainda espera a resposta da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) sobre a isenção fiscal sobre o óleo diesel e possíveis aportes fiscais do município e do governo federal para continuar as negociações.
Outros reajustes - além do aumento de R$ 0,25 para a passagem, a tarifa de ônibus paga aos domingos sobe de R$ 1,00 para R$ 1,50, o ônibus Circular Centro terá tarifa de R$ 1,70 e a Linha Turismo passa a cobrar tarifa de R$ 29,00.(atualizado às 19h31)