O Paraná é o primeiro Estado brasileiro a criar uma regulamentação para proteger e recuperar as chamadas ‘áreas úmidas’ – espaços de grande valor ecológico que sofrem influência de cheias sazonais ocasionadas por rios e riachos que freqüentemente os inundam, como banhados, várzeas e manguezais.
Segundo a AEN, por meio da resolução conjunta número 45 - assinada no início deste mês pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, pelo presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, e pelo superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Paraná, Hélio Sydol - estas áreas agora passam a ser consideradas prioritárias para preservação ambiental no Estado.
Apenas na região Noroeste, o Paraná conta com mais de 68 mil hectares de várzeas. No Litoral, são outros 23 mil hectares de mangue.
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Nas áreas onde já foram realizadas intervenções, os empreendedores ou proprietários deverão adotar práticas ambientalmente sustentáveis – como eliminar o uso de agrotóxico e não abrir novos canais de drenagem; restringir a adubação e o uso de calcário para corrigir a acidez do solo; promover a retirada dos animais domésticos da área e recuperação imediata de áreas mineradas, por exemplo.
Os banhados ajudam a diminuir os efeitos das secas e das enchentes, reduzem a erosão e mantêm a vida de diversos animais e plantas, além de trazer vários outros benefícios diretos e indiretos ao homem. Além disso, a economia das comunidades que habitam próxima das zonas úmidas está diretamente relacionada ao uso de seus recursos.