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Superlotação carcerária

Presos são removidos e delegacias de Curitiba devem permanecer vazias

Redação Bonde com AEN
08 mar 2014 às 09:49

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- Divulgação
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Não há mais presos em distritos policiais de Curitiba. As últimas transferências foram realizadas nesta sexta-feira (7) com a retirada de presos do 1º e do 3º Distrito Policial. Nesta semana 320 presos saíram das carceragens dos distritos da capital.

Todos os presos com mandados de prisão ficaram sob a tutela do Departamento de Execução Penal (Depen). Os demais, enquanto não têm mandados expedidos pela Justiça, foram abrigados no 11.º Distrito, que servirá agora como um Centro de Triagem. "O 11.º DP vai funcionar assim até que o próprio sistema possa ter um centro de triagem", explicou o delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura, representante da Polícia Civil no Comitê de Transferência de Presos, órgão formado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania e Poder Judiciário. .

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Cartaxo destacou que as transferências só foram possíveis graças ao trabalho da equipe comandada pela secretária da Justiça e Cidadania, Maria Tereza Uille Gomes, que conseguiu abrir novas vagas nas penitenciárias estaduais para abrigar os presos que ficavam em distritos policiais.

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O delegado-geral da Polícia Civil, Riad Braga Farhat, disse que o grande número de presos em delegacias é um problema grave que começa a ser resolvido. De outra parte, ressalta ele, a superpopulação carcerária mostra a efetividade e a seriedade do trabalho da polícia paranaense. "A polícia tem que seguir fazendo o seu trabalho, que é retirar os criminosos das ruas".

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A secretária estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, afirmou que o trabalho articulado com a Secretaria da Segurança Pública, permitiu reduzir em mais de seis mil o número de presos em delegacias e distritos policiais do Paraná e em mais de 60% a superlotação carcerária no Estado.


"A solução do problema da superlotação carcerária só será possível com o trabalho conjunto, envolvendo os poderes Executivo e Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, OAB-PR e Conselho Penitenciário. É isso que estamos fazendo em parceria, buscando regular a porta de entrada e a porta de saída do sistema prisional do Paraná", afirmou a secretária.

Maria Tereza ressaltou que a solução definitiva do problema histórico de presos em carceragens de delegacias e distritos policiais do Paraná virá com a abertura de 6.670 novas vagas no sistema penitenciário, entre o fim deste ano e começo de 2015. "Já fizemos as licitações e contratamos as empresas para a execução das 20 obras previstas. Com isso, os policiais terão condições de se dedicarem em tempo integral ao trabalho de investigação e repressão ao crime", disse ela.


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