O crescimento populacional e o consequente aumento na geração de resíduos, bem como a forma de tratamento e disposição dos resíduos está aumentando cada vez mais a emissão de gases de efeito estufa. Entre 1990 e 2005, foi constatado acréscimo de 69% no volume de gases emitidos pelos resíduos no Paraná.
Os dados estão no primeiro "Inventário de Gases de Efeito Estufa/GEE de Resíduos do estado do Paraná" apresentado nesta quarta-feira (10), em Curitiba, pela coordenadoria de Mudanças Climáticas e Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema).
O inventário avaliou a emissão anual do gás metano no efeito estufa entre os anos de 1990 a 2005, considerando os setores de resíduos sólidos (lixo), esgoto doméstico, esgoto comercial e os efluentes industriais.
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Em um intervalo de 15 anos os três setores emitiram 1.542,39 gigagramas (Gg) de gás metano (CH4), sendo que, em 1990, a emissão era de 93,55 Gg e em 2005 aumentou para 129,11 Gg.
Resíduos sólidos
O setor que mais emite metano no Paraná é o de resíduos sólidos com 61,7% do total. O esgoto doméstico e comercial é responsável por 28% das emissões e os efluentes industriais emitem 10,3% do total. Estes índices se devem à disposição final dos resíduos - em aterros sanitários - e aos processos de tratamento de esgotos domésticos serem, predominantemente, sistemas anaeróbios, ou seja, sem a presença de ar.
De acordo como secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, além de controlar a emissão de gases, o objetivo do inventário é criar políticas e medidas que visem combater a geração de efeitos futuros.