O Ministério Público (MP) abriu inquérito para investigar o vazamento de resíduos no último domingo (14), provenientes do frigorífico Frigobeto em Apucarana, que teria poluído o Rio Pirapó, que abastece as cidades de Maringá e Apucarana.
Segundo o promotor de Defesa do Meio Ambiente, Vilmar Fonseca, a tubulação de um dos quatro tanques, destinados para decantação de material sólido resultante do abate dos animais do frigorífico, rompeu e provocou um acidente com impacto ambiental.
"O processo industrial ocorre a 30 menos de metros em um terreno declive dentro de uma Área de Preservação Ambiental (APP). O tratamento é feito de forma inadequada e sem a fiscalização dos responsáveis. O material cai em uma lavoura e quando chove o os resíduos chegam até o rio Pirapó", afirmou o promotor, que ainda lembrou que há 30 dias a empresa apresentou problemas de vazamento de resíduos com sangue de animais. "Esse tipo de atividade em lagos para tratamento de resíduos não deveria ser instalado nestas áreas. Se chover forte, existe o risco de um novo acidente", alertou.
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Ele explicou que o vazamento de material sem tratamento afeta diretamente a população já que o rio é utilizado na captação para abastecimento da cidade de Maringá. Quando ocorre algum problema na captação do Rio Caviúna, principal manancial que abastece Apucarana, o Pirapó também utilizada no abastecimento do município. "Já entramos em contato com a Sanepar para esclarecer se houve a captação no domingo à tarde, quando faltou água na cidade", comentou.
Fonseca adiantou que vai questionar o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) por causa do licenciamento da obra do frigorífico e disse que ainda aguarda a autuação do IAP contra a empresa no mês passado. "Vamos pedir providências urgentes do IAP e a Secretaria Municipal do Ambiente também já foi informada do problema", disse.
A reportagem do portal Bonde entrou em contato com a empresa e com o escritório do proprietário Nilson Umberto, mas ele não foi localizado para comentar o assunto.