Desde que a formação de algas foi detectada pela Sanepar, a empresa passou a realizar monitoramento constante das represas do Iraí e Passaúna. Nesses dois reservatórios, o problema é frequente, conforme informa a Sanepar, pelas próprias condições dos locais. Mas a empresa garante que o volume de algas - mesmo causando alterações nas condições da água - nunca ultrapassou o permitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e não representa riscos à população.
A bióloga da Sanepar, Cláudia Vitola Pacheco diz que a formação de algas é um problema mundial e irreversível, característico dos grandes centros urbanos. "O máximo que se consegue reverter, depois da sua formação no local, é 80% do total do volume verificado", explica. Cláudia salienta que a Sanepar está fazendo "tudo o que está ao alcance" para que evitar a proliferação das algas e amenizar a alteração de gosto, cheiro e cor da água distribuída. Segundo ela, essas alterações vêm diminuindo gradativamente.
As condições climáticas estariam contribuindo para essa redução. A última análise realizada mostrou 4 mil células por mililitros de água, quando o permitido é 20 mil. "Não é um número suficiente para produzir toxina que afete a saúde das pessoas", garante a bióloga.
Leia mais:
Pesquisadora da UEM transforma fibra da macaúba em embalagem biodegradável
Procon-PR promove mutirão Renegocia na próxima semana para negociação de dívidas
Cataratas do Iguaçu têm vazão de sete milhões de litros de água por segundo
Polícia Civil deflagra operação contra tráfico de drogas no Noroeste do Paraná
O gerente de produção da Sanepar Agenor Zarpelon lembra que a empresa começou a fazer o monitoramento de algas, antes mesmo da Portaria 1469, do Minisitério da Saúde, entrar em vigor. A nova legislação, que passa a vigorar no ano que vem, substitui a Portaria 36/90 e determina o volume de algas permitido por litro de água. A portaria em vigor, não regulamenta e nem cita o problema.