Adaptar as cabanas de madeira com sustentação - para que os moradores fiquem longe do nível do solo e, consequentemente, do contato com o rato transmissor do hantavírus - é uma das medidas que a Secretaria Estadual da Saúde está tomando para evitar a disseminação da doença na região de General Carneiro (Sul do Estado).
Para assegurar que todos os procedimentos sanitários estejam sendo realizados no combate à hantavirose, o secretário estadual de Saúde, Armando Raggio, e o diretor do Centro de Saúde Ambiental da secretaria, Isaias Cantóia Luis, estiveram na região. Um relatório sobre o impacto da doença no local deverá ser entregue na próxima semana.
Em entrevista por telefone à Folha, Armando Raggio comentou que essas medidas já estão sendo adotadas desde que se verificaram os primeiros casos da hantavirose em General Carneiro. ""Desde então, apresentamos relatórios semanais"", reforça. Além da sustentação para as cabanas, que não tem custo nenhum para os moradores, a Secretaria da Saúde está se mobilizando para orientar a população com medidas preventivas.
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O secretário não descarta a possibilidade da doença voltar a se manifestar, mas acredita que o trabalho de contenção já apresenta resultados. Ele lembra que há alguns dias um morador teve febre - um dos primeiros sintomas da doença - e procurou o posto de saúde da cidade. "" Essa atitude é resultado do nosso programa de orientação"", enfatizou Raggio.
Somente este ano foram identificados sete casos de hantavirose no Estado, cinco na região de General Carneiro e dois em Campina Grande do Sul. Segundo Raggio, medidas preventivas estão sendo tomadas também na Região Metropolitana de Curitiba, e devem continuar por mais um ano. A secretaria ainda não contabilizou o investimento que está sendo feito para colocar em prática essas medidas, mas enfatiza que o trabalho será permanente até o completo controle da transmissão.
A hantavirose é uma doença causada por um vírus existente na urina, fezes e saliva de ratos silvestres. A transmissão se dá pela mordida ou contato com fezes e urina desses animais, especialmente em locais fechados. A partir da próxima semana, a Secretaria da Saúde vai começar uma operação de coleta desses animais para investigar o processo de contaminação.