O ministro da Saúde, José Serra, lançou em Curitiba o Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem (Profae). Cerca de R$ 7,5 milhões vão ser destinados ao Paraná para capacitar 4,2 mil candidatos à função de auxiliar de enfermagem nos 64 municípios-sede. O programa também será estendido a outros sete estados. Em 2001, o Profae vai tentar qualificar 46 mil trabalhadores em todo o País.
"Vamos melhorar muito o atendimento nos hospitais", disse Serra. Os cursos técnicos vão ser ministrados em instituições credenciadas pelo ministério. Uma lei federal de 1986 obriga o candidato a passar por um curso com duração de 12 meses. O lançamento foi no Paraná porque mantém, há 10 anos, projeto pioneiro no Centro de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde do Estado.
A qualificação profissional vai ser feita com atividades práticas e teóricas. Enfermeiros serão os supervisores das aulas. O Ministério da Saúde prevê investimentos de US$ 370 milhões para formar 225 mil atendentes em quatro anos. Antes, até se tornar um deles, o candidato encontrava dificuldades. Ele era obrigado a pagar um curso particular.
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O programa permite que sindicatos, associações profissionais, universidades, escolas públicas e privadas façam inscrições no ministério para ter acesso ao Profae. À tarde, José Serra abriu, no Canal da Música, a primeira aula dos alunos do curso de auxiliar de enfermagem da capital. "Vocês vão estar muito mais qualificados e com isso todo o atendimento vai melhorar."
Curitiba concentra o maior número de inscritos: 1 mil. O prefeito Cássio Taniguchi (PFL) disse que "na prática, vamos ter um atendimento muito melhor para a população." O governador Jaime Lerner (PFL) observou que o lançamento do Profae representava o reconhecimento do trabalho desenvolvido no Estado desde 1990. "Estamos muito felizes que esse programa comece no Paraná", declarou Lerner.