Mais de 14 mil paranaenses podem ter morrido por causa de doenças provocadas pelo cigarro no ano passado. Entre eles estão mais de mil pessoas com idade entre 15 e 49 anos.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, não há como ter índices exatos das mortes provocadas pelo fumo. Mas segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são cerca de 90% dos casos de câncer no pulmão, 80% de enfisema pulmonar.
O presidente do Comitê Antifumo do Paraná, o médico pediatra Saulo Carvalho Filho, afirma que os fumantes passivos (que não fumam, mas ficam expostos à fumaça do cigarro) também fazem parte dessa estatística. Eles são o tema da campanha deste ano do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para o Dia Mundial sem Tabaco, que é comemorado hoje.
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Dados da OMS mostram que há 1,2 bilhões de fumantes ativos e mais de 2 bilhões de fumantes passivos no mundo. Os riscos à saúde dependem do grau de exposição.
O fumante passivo tem 30% de chances a mais de desenvolver um câncer de pulmão do que uma pessoa que não tem contato com o cigarro. E 24% mais chances de ter doenças do coração. "E é mais grave ainda quando uma criança convive com pais fumantes. Ela pode desenvolver problemas pulmonares, otites e agravar doenças como a asma", diz Carvalho.
Segundo o médico, o maior problema no combate ao fumo é o desrespeito às leis. "Se há um cartaz dizendo "é proibido fumar", metade das pessoas vai estar com um cigarro aceso."
Leia mais em reportagem de Ellen Taborda, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira