O ex-policial civil Humberto Terêncio, uma das principais testemunhas da CPI Nacional do Narcotráfico no Paraná, teve o tamanho de sua pena reduzida pela Justiça. Condenado a 24 anos de prisão por tráfico de drogas, porte ilegal de arma e receptação, Terêncio conseguiu eliminar 14 anos de cadeia. Os advogados queriam um perdão de pelo menos mais cinco anos, o que foi recusado pelos quatro juízes da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Alçada, em Curitiba.
De acordo com o advogado Edson Stadler, que defende o ex-policial, um recurso, com pedido de habeas-corpus, vai ser impetrado no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, para tentar reverter a decisão. Stadler acha que a participação de Terêncio na CPI foi decisiva para desmantelar o crime organizado. No começo do ano, ele acusou policiais e delegados de estarem ligados ao tráfico de drogas e roubo de carros.
Caso o STJ rejeite a apelação, Stadler pretende apresentar outro recurso na mesma corte com o histórico da atuação do ex-policial na CPI. No julgamento de ontem, os juízes do Tribunal de Alçada não acataram a argumentação de que Terêncio colaborou com as investigações. Segundo Stadler, a redução dos 14 anos de pena só ocorreu porque os juízes entenderam que a condenação total estava "fora dos parâmetros legais".
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Se o ex-policial conquistar nova redução, de cinco anos, ele poderá cumprir o restante da pena fora das grades, como prevê o Código Penal. Terêncio está preso há dois anos no Centro de Observação e Triagem do Presídio do Ahú, em Curitiba.