Após a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, que investiga casos de adoção internacional irregulares no Paraná, o Corregedor-Geral da Justiça, Desembargador Lauro Augusto Fabrício de Melo, informou que o TJ-PR irá abrir uma sindicância para apuração dos fatos no Estado.
De acordo com o órgão, a medida foi anunciada em reunião realizada na última segunda-feira (15), com os demais representantes da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (CEJA).
Em nota assinada pelo presidente do TJ-PR, Clayton Camargo, o tribunal afirma que a CEJA não aprova, não reconhece e não tem conhecimento da cobrança de verbas indevidas por qualquer representante responsável pelo acompanhamento de pretendentes estrangeiros inscritos para adoção na forma diplomática.
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Segundo a CPI, as investigações sobre adoção ilegal já se espalham por 20 cidades no Paraná, sendo que há mais de 100 casos sob suspeita.
A CPI aponta para situações intermediadas por Audelino de Souza, o Lino, acusado de integrar a ONG norte-americana Limiar Brasil. Ele teria cobrado de famílias aptas a adoção, tanto dentro do Brasil como no exterior, em especial nos Estados Unidos, para intermediar os procedimentos. O presidente da ONG, Ulisses Gonçalves da Costa, também é investigado.
Nesta quinta-feira (17), acontecem reuniões da CPI em Curitiba. Autoridades e pessoas envolvidas nas investigações serão ouvidas em uma audiência.