A mobilização das categorias de trabalhadores representadas por sindicatos na busca de pisos das categorias com valores iguais ao piso regional do Paraná em vigor desde maio deste ano foi o tema de debate nesta quinta-feira (6) em Curitiba com representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT). No Paraná, o piso regional foi aprovado em 12 de maio deste ano, e estabelece que o piso salarial no Estado varie entre R$ 427 e R$ 437,80. O salário-mínimo nacional em vigor é de R$ 350,00.
O secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Emerson Nerone, afirmou que o piso regional não fica restrito às categorias sem representações. "Se por um lado a Lei atende uma pequena parcela de trabalhadores, por outro ela passa a pautar as discussões do piso em outras categorias", disse. Agora, segundo ele, nas discussões para acordos salariais, o mínimo usado como base é o piso regional. "Esse é o caminho. Apesar do salário não se aplicar a todas as categorias, ele vai servir como base para novos acordos", completou.
Segundo o presidente da CUT-PR, Roni Barbosa, a Lei do piso regional em vigência só se aplica a trabalhadores não-sindicalizados. "O que queremos é motivar uma campanha salarial entre os trabalhadores representados para elevar o salário de todos os trabalhadores, já que muitas categorias pagam um piso menor do que o piso regional aprovado no Paraná", declarou.
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O secretário-geral da CUT nacional, Quintino Severo, disse que o piso nacional não é uma luta para desmoralizar ou para menosprezar o salário-mínimo nacional, mas sim uma busca de igualdade e da elevação de todos os salários. "Os pisos regionais são encaradas pela CUT como lutas para resgatar o salário-mínimo nacional", afirmou ele. "E outra luta é para que consigamos manter o poder de compra dos pisos regionais. Para que eles acompanhem o crescimento econômico", completou Quintino.
Participaram do encontro representantes da Secretaria do Emprego, Trabalho e Promoção Social, Delegacia Regional do Trabalho (DRT), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), e Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Fonte: AEN