Os estudantes que tiveram os nomes divulgados na lista de aprovados do vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) devem entrar hoje com um mandado de segurança para tentar garantir a matrícula. Cinco candidatos descobriram, depois de comemorar a entrada no curso de Formação de Oficial da Polícia Militar (PM), que não tinham sido aprovados. Dos 25 nomes divulgados na lista da UFPR, apenas 20 tinham a vaga garantida. É que a PM reserva 5 vagas para alunos procedentes da Escola da Polícia Militar.
"Isso é um absurdo, uma palhaçada. Não há nenhum motivo para que a UFPR divulgue nomes a mais numa lista de aprovados", reclamou o estudante Carlos Alexandre Piasseski, de 21 anos. Ao ler a lista divulgada pela universidade e acreditar ter sido aprovado no vestibular, ele não compareceu às provas do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). "Eu faria vestibular para Tecnologia em Informática e sei que tinha condições para passar. Não fiz as provas porque tinha certeza de que iria cursar o de Oficial da PM, que era o que eu realmente queria", disse. O estudante Anderson Luís Aparecido, de 23 anos, deixou o estágio que fazia em uma empresa de engenharia ao ler o nome na lista da UFPR. "Eu tinha tanta certeza de que estava com o futuro garantido, que também tranquei a matrícula do curso de Economia, que fazia na Federal", afirmou.
Para o advogado dos estudantes, Luís Molossi, as chances de garantir a matrícula são grandes. Ele conta que dois estudantes conseguiram fazer o curso no ano passado, alegando inconstitucionalidade na reserva de vagas para alunos do Colégio da PM.
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O presidente da Comissão Central do Concurso Vestibular da UFPR (CCCV), Dartagnan Baggio Emerenciano, disse que os estudantes é que estão equivocados. "É lamentável que aspirantes a serem PMs tomem atitudes precipitadas, demonstrando total desconhecimento das regras", disse. Segundo ele, a Universidade poderia divulgar quantos nomes fossem necessários. "Isso não quer dizer que tenham sido aprovados", afirmou. Segundo o tenente Antonio Zanatta, da PM, houve um equívoco na divulgação dos nomes. Ele disse que se a Justiça entender que os estudantes devem fazer o curso, eles serão admitidos.