A Urbs deixou de aplicar 12.235 multas por excesso de velocidade para ônibus do sistema de transporte coletivo no período entre agosto de 1999 e maio de 2003. A empresa deixou de arrecadar pelo menos R$ 1,5 milhão.
Os dados foram repassados pela prefeitura ao vereador Jorge Bernardi (PDT), presidente da Comissão de Urbanismo da Câmara Municipal, que pediu informações após receber denúncias de que os ônibus não estavam sendo multados pelos radares da capital.
De acordo com estudos do vereador, o município deixou de arrecadar entre R$ 1.562.287,00 - se as multas aplicadas foram graves - e R$ 7.030.475,00 - no caso de multas gravíssimas com a perda da carteira de habilitação.
Leia mais:
Polícia Rodoviária Federal informa a liberação da BR-277, na Serra da Esperança, em Guarapuava
Multinacional não prova justificava da dispensa e gestor tem demissão por justa causa revertida no Paraná
Com desconto ofertado de 26,60%, CCR arremata Lote 3 do pedágio do Paraná
Prêmio Queijos do Paraná está com inscrições abertas
Segundo explicação do prefeito Cassio Taniguchi em ofício enviado à Câmara, a Urbs não aplicava as multas por acreditar que apenas os tacógrafos instalados nos ônibus impediriam os motoristas de ultrapassar os limites de velocidade.
O próprio presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba, Orlando Bertoldi, admitiu que os motoristas acreditavam na impunidade da fiscalização pelo tacógrafo.
As multas voltaram a ser cobradas depois de uma mudança na direção da Urbs, no dia 30 de abril, depois de uma série de denúncias da imprensa. Depois que os coletivos voltaram a ser multados, a partir de maio, o número de infrações caiu cerca de 80%.
O vereador Jorge Bernardi estima que o município tenha deixado de arrecadar mais R$ 1 milhão em descontos concedidos nas multas aplicadas a diversos órgãos públicos, incluindo a Assembléia Legislativa. Bernardi disse que vai encaminhar a denúncia do Tribunal de Contas.