A Comissão Especial da Câmara dos Vereadores esbarrou na questão orçamentária para exigir uma análise independente sobre a qualidade da água distribuída pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) em Curitiba e região metropolitana. A comissão entendeu que a empresa arcaria com os custos para análises realizadas fora dos laboratórios utilizados pela Sanepar, mas a Sanepar deixou claro que essa análise independente não faz parte dos planos da empresa.
O gerente de laboratório da Sanepar, Carlos Eduardo Pierin, explicou que a Sanepar já realiza exames periódicos para atestar a qualidade da água distribuída. E foi categórico ao afirmar que, apesar do cheiro e gosto ruins, a água distribuída pela empresa está dentro dos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde. A Sanepar se comprometeu a enviar os diagnósticos dos últimos meses para a comissão, que deve encomendar apenas uma conclusão dessa análise para evitar custos.
A comissão, presidida pela vereadora petista Clair da Flora Martins, vai solicitar a alguns laboratórios que esses diagnósticos sejam analisados gratuitamente, já que o assunto é de interesse da comunidade.
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Desde março deste ano, a água distribuída em Curitiba e Região Metropolitana apresenta gosto e cheiro alterados devido à proliferação de algas nas represas do Passaúna e Iraí, que abastecem a maior parte da população dessas regiões.
A qualidade da água já está sendo investigada pelo Ministério Público, Coordenadoria de Defesa e Proteção do Consumidor (Procon) e começa também a ser investigada por uma comissão mista do Conselho Regional de Engenharia, Agronomia e Arquitetura do Paraná (Crea-PR). A Sanepar deve entregar para o Procon, na próxima semana, um plano de ação para amenizar o problema da alteração da água, mas já adiantou que a solução só deve acontecer em 2002.