Um administrador de empresas desempregado foi preso em Curitiba acusado de falsificar procurações para retirar dinheiro de ações da Telebrás. O golpe teria rendido cerca de R$ 150 mil, lesando cerca de cinco empresas, de acordo com a Delegacia de Estelionato.
Rogério Tadeu Taborda, 41 anos, foi preso em flagrante quando sacava R$ 2,5 mil de uma agência do Banco Real. Ele usava uma procuração falsificada em nome de uma empresa farmacêutica e veterinária de Curitiba. De acordo com o delegado Claudimar Lúcio Lugli, o golpista pesquisava na Junta Comercial nomes de empresas que já estivessem fechadas e então usava os dados para retirar valores referentes a dividendos de ações da Telebrás.
O golpe começou a ser aplicado há cerca de três meses. Todos os saques foram feitos na mesma agência bancária. O delegado contou que foi procurado pela gerência do banco, desconfiada do número de procurações no nome da mesma pessoa. Quando o falsificador voltou à agência, na hora do almoço, a polícia foi chamada e ele foi preso em flagrante.
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Taborda afirmou que usava os conhecimentos adquiridos no curso de Administração para aplicar o golpe. "Foi por necessidade financeira. Estou desempregado há muito tempo", disse sem especificar a data. O restante do dinheiro conseguido com o golpe, Taborda afirmou ter gasto no jogo do bicho, em corridas de cavalo e em bingos. "Sou um jogador compulsivo." Mas o delegado não acredita que R$ 150 mil possam ter sido gastos em apenas 90 dias. "O jogador perde o dinheiro rapidinho", tentou justificar Taborda.
Ele será indiciado em inquérito por estelionato e falsificação de documento público. A polícia está investigando se Taborda tinha algum cúmplice na agência. O número de empresas lesadas também está sendo levantado. "A princípio sabemos destas cinco, mas com a divulgação do caso, podem surgir novos casos", disse o delegado Lugli.