Um agente penitenciário foi baleado na manhã desta terça-feira, 23, dentro de um carro da Secretaria de Administração Penitenciária, quando dirigia em direção ao Centro de Detenção Provisória (CDP), no complexo Campinas-Hortolândia, interior de São Paulo. A tentativa de homicídio aconteceu um dia depois da megaoperação do Ministério Público e da Polícia Militar para prender os principais líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na cidade e região.
Antônio Sérgio Pitombo, de 43 anos, que estava em horário de trabalho e usando um carro oficial, foi fechado por um outro veículo, na SP-101, em Hortolândia, principal acesso para o complexo penitenciário de Campinas.
Os criminosos dispararam um único tiro de fuzil, que atingiu o carro na traseira, atravessou a lataria e o banco e atingiu as costas do agente. Um outro funcionário do CDP que estava no banco do passageiro, assumiu a direção e levou a vítima até um pronto-socorro, em Campinas.
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A bala que atingiu Pitombo ficou alojada no abdômen e seu estado de saúde era estável. Ele foi transferido para o Hospital das Clínicas, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A Polícia Civil vai investigar se o atentado teve relações com as 27 prisões de líderes do PCC de duas células da facção criminosa que comandavam o tráfico de drogas em Campinas e em cidades da região. Os dois grupos estavam diretamente ligados aos atentados cometidos contra policiais este ano em São Paulo, segundo investigações dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A polícia também não descarta a possibilidade de o agente ter sido abordado pelos criminosos em uma tentativa de roubar o carro oficial da SAP para uma possível ação de resgate no Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia, que abriga quase 10 mil detentos.