Dois homens e uma mulher morreram durante troca de tiros com a PM, na manhã desta segunda-feira, quando tentavam assaltar um restaurante na Tijuca, zona norte do Rio. Pelo menos outros dois comparsas do grupo conseguiram fugir, levando R$ 10 mil do estabelecimento, além de celulares, dinheiro e joias dos funcionários. O tiroteio causou pânico entre as pessoas que passavam pela região. Só os assaltantes foram atingidos.
O assalto começou às 10h30, quando um casal vestindo roupa social entrou no restaurante Brasa Gourmet, na esquina das ruas Mariz e Barros e Professor Gabizo, se passando por cliente. Após perguntar se o estabelecimento já estava funcionando, o casal anunciou o assalto. Outros três integrantes da quadrilha entraram e renderam os cerca de 20 funcionários que estavam no restaurante. Todos foram reunidos na cozinha e, sob a mira de armas, obrigados a entregar objetos pessoais.
Vizinhos suspeitaram do movimento e acionaram a PM. Ao chegar, os policiais se depararam com o casal de assaltantes na porta. A mulher se apresentou como funcionária e, enquanto conversava com os policiais, retirou da bolsa uma pistola e atirou contra os policiais. Seu comparsa também atirou. Os policiais revidaram e atingiram o casal, que morreu no local.
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Um terceiro assaltante tentou fugir, mas foi baleado e morreu a caminho do hospital Souza Aguiar, no centro. Além do inquérito sobre tentativa de latrocínio (matar para consumar o roubo), a Polícia Civil iniciou uma investigação específica sobre a morte desse homem, o único identificado até a tarde de ontem. Magno Barbosa Casemiro, de 36 anos, conhecido como Professor, estava foragido da polícia e morava na Rocinha, comunidade da zona sul do Rio. Imagens gravadas por pedestres mostram Casemiro tentando fugir. Depois que ele atira contra os policiais, um PM dispara contra ele e o atinge, matando-o.
A Polícia Civil acredita que até oito pessoas tenham participado do assalto - cinco chegaram a entrar no restaurante, mas outros três estariam auxiliando o grupo na rua. Também existe a suspeita de que algum funcionário ou ex-funcionário tenha participado da ação.
O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou acreditar que a ação foi planejada. "Infelizmente aconteceu o confronto, algo que não queremos. Mas a polícia conseguiu de certa forma estar presente. Temos que ver se essas pessoas são da Tijuca, se tem alguém por trás que pode ter dado o melhor horário, o local, o momento mais certo de aquela empresa ser atacada ou se foi um ato aleatório, o que eu acho, em tese, que não", afirmou Beltrame.