Depois de muitas protelações na Justiça começou nesta quarta-feira (03) o julgamento do jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves, 69, réu confesso do assassinato da também jornalista e ex-namorada Sandra Gomide.
A defesa do jornalista ainda tentou a anulação do julgamento, alegando que não houve tempo suficiente para examinar as provas; porque ainda cabem recursos contra a qualificação do homicídio - por motivo torpe -; e porque Pimenta Neves se sente constrangido pela presença da imprensa.
O juiz que preside a audiência, Diego Ferreira Mendes, negou o pedido.
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A jornalista, à época com 32 anos, foi assassinada com dois tiros no dia 20 de agosto de 2000 em um haras em Ibiúna, no interior de São Paulo. Ambos trabalhavam no jornal "O Estado de São Paulo".
Pimenta Neves chegou ao tribunal de Ibiúna por volta das 8 horas e foi xingado por cerca de 50 populares que o chamavam de assassino, sem-vergonha e bandido. O julgamento deve durar três dias. Se for condenado, a pena pode chegar a 30 anos, segundo o promotor Carlos Rodrigues Horta Filho.
O primeiro ato do júri será a escolha dos jurados. Vinte e uma pessoas foram pré-selecionadas. Destas, ao menos 15 precisam estar presentes no tribunal de Ibiúna para que ocorra o sorteio. Sete farão parte do júri.
A sala do júri tem 45 lugares. Portanto, o juiz destinou 10 cadeiras para a imprensa, 8 lugares para as famílias de Sandra Gomide e Pimenta Neves e o restante para a público.
Fonte: Terra e Folha Online