Uma tentativa de fuga seguida de um princípio de rebelião movimentou a Delegacia de Polícia Civil da Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba, entre o final da noite de domingo (7) e a madrugada desta segunda-feira (8). Reforços da Polícia Civil e da Polícia Militar tiveram que ser chamados para negociar com os presos. O local estaria superlotado com 66 presos.
Segundo o investigador Carlos Henrique Richartz, da Delegacia da Lapa, a rebelião aconteceu depois que os policiais de plantão perceberam a movimentação dos presos e descobriram que os detentos estavam prestes a fugir por um buraco aberto no teto na carceragem. "Descobrimos a tentativa de fuga e mandamos eles para o solário, local onde eles tomam sol, mas eles se negaram e começaram a rebelião".
Policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil e da Ronda Tático Motorizada (ROTAM), da Polícia Militar, foram chamados para conter os presos e iniciar negociações. Por volta das 3 horas, os presos findaram o motim.
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O investigador relata que a delegacia está em estado de superlotação. No local, com capacidade para 16 presos, estão abrigados 66, alguns deles condenados e que já deveriam estar no sistema prisional para cumprir pena determinada pela Justiça. "É uma bomba relógio prestes a explodir", diz Richartz.
Segundo o investigador, a Polícia Civil teria entrado em contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e com a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) para tentar transferir alguns dos presos, ao menos, segundo ele, os "líderes do motim".