Quinze delegacias de Curitiba participam de avaliação simultânea, realizada em mais sete capitais brasileiras e em outros 25 países, sobre como a polícia trata o cidadão. A pesquisa, apoiada pela Secretaria da Segurança Pública, é uma iniciativa da Altus – organização internacional sediada na Holanda e que desenvolve projetos nas áreas de segurança pública e justiça criminal. O levantamento busca estabelecer um diálogo entre população e policiais sobre a transparência e a qualidade no atendimento. As delegacias começaram a receber as equipes nesta quarta-feira (24).
"O objetivo deste trabalho é levar a sociedade a conhecer uma delegacia e também destacar os pontos positivos de cada uma delas para que possam ser utilizados em outras unidades", explicou pesquisador Pedro Bodê, do Centro de Estudos em Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade Federal do Paraná, que vai contribuir com a coordenação da pesquisa local.
No Brasil, quem está coordenando as atividades é o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, da Universidade Cândido Mendes do Rio de Janeiro (CESeC), em parceria com organizações não-governamentais e centros de estudos das capitais. Segundo Bodê, quem vai visitar as delegacias são cidadãos comuns. "Estudantes dos mais diversos cursos universitários e também donas de casa e professores", exemplificou.
Leia mais:
Gerson Guariente cita preocupação com licitação de uniformes escolares em Londrina
Homicídio de vereador de Salto do Itararé tem inquérito finalizado pela Polícia Civil
Influenciadores são alvos de operação da PF contra importações ilegais
Delegado do PR é denunciado por usar viatura como carro particular e cartão corporativo para abastecer
Os grupos são formados por um subcoordenador – psicólogos, advogados ou sociólogos – e, em média, mais quatro pessoas da comunidade.
Os grupos vão às delegacias com um questionário e observam determinados pontos na delegacia. "A idéia é mostrar que, assim como existem delegacias muito problemáticas, existem outras que podem servir de modelo", comentou Bodê. Serão avaliados quesitos como orientação à comunidade, condições de detenção e de infra-estrutura e tratamento igualitário do público.
Os pesquisadores vão conversar com quem está sendo atendido e também com os policiais. "No ano passado, foi realizada uma pesquisa como esta e os grupos observaram que a comunidade achava importante, por exemplo, colocar avisos em edital, na entrada da delegacia, avisando quais funcionários estariam de plantão", lembrou Bodê.
Serão elaborados, e posteriormente divulgados, três grandes relatórios (um internacional, um nacional e um local), com notas somente para as boas práticas aplicadas.
Delegacias que serão avaliadas em Curitiba
- 1.º Distrito Policial (centro)
- 3.º Distrito Policial (Mercês)
- 5.º Distrito Policial (Bacacheri)
- 6.º Distrito Policial (Cajuru)
- 7.º Distrito Policial (Vila Hauer)
- 8.º Distrito Policial (Portão)
- 11.º Distrito Policial (Cidade Industrial)
- 10.º Distrito Policial (Sítio Cercado)
- Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas
- Delegacia do Adolescente
- Nuciber - Núcleo de Combate aos Ciber Crimes
- Nucria - Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes
- Delegacia da Mulher
- Cope - Centro de Operações Policiais Especiais
- Delegacia de Homicídios
As informações são da Agência Estadual de Notícias.